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Muito provavelmente você já ouviu falar em Design Thinking. A metodologia, que está transformando pessoas e empresas, tem atraído cada vez mais interesse. Embora tenha sido popularizada a partir de 2009, com a publicação do bestseller “Change by Design” (em português, Design Thinking – Uma Metodologia Poderosa Para Decretar o Fim das Velhas Ideias), de Tim Brown, fundador da consultoria de inovação IDEO, os conceitos são bem anteriores a isso.

Os entendedores da área de gestão de projetos afirmam que boa parte dos conceitos são baseados nas antigas metodologias japonesas, como o Six Sigma. Há ainda livros das décadas de 40 e 50 disseminando ideias muito similares.

O fato é que a lapidação da metodologia pela IDEO, separada em sete etapas (entendimento, observação, ponto de vista, ideação, prototipagem, teste e iteração) com um formato de duplo diamante, foi o que tornou o Design Thinking mais bem “embalado” e fácil de ser popularizado.

Para mim, o que mais encanta é a oportunidade de descontruir velhas premissas e modelos mentais a fim de construir algo muito mais profundo e verdadeiro. As etapas pressupõem pensamentos divergentes, que buscam a ampliação das ideias e o adiamento de possíveis julgamentos; e os pensamentos convergentes, que procuram as melhores partes dentro de tudo o que foi levantado.

Assim, como num gigante quebra-cabeças, somos muito capazes de avaliar as partes e suas interações com o todo. Somos desafiados a fugir das respostas prontas e óbvias, substituindo os achismos pelas perguntas poderosas, capazes de nos fazer enxergar muito além da ponta do iceberg.

Outra premissa importantíssima é o “aprender fazendo”. Antes, pessoas e empresas passavam horas, dias, anos, planejando para só depois começar a agir. Num mundo VUCA, marcado por intensa volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade, quem não faz, toma. Planejamento e execução devem andar lado a lado, criando experiências e aprendizados simultâneos.

O Design Thinking é ancorado ainda em três conceitos fundamentais: a empatia, a colaboração e a experimentação. A empatia significa se colocar no lugar do outro, despir-se de pressupostos e compreender o contexto e ações do outro, acolher, assimilar e acomodar perspectivas alheias. É o famoso colocar os sapatos dos outros. Mas, para isso, precisamos aprender a tirar os nossos, nos livrando de crenças e pré-conceitos.

A colaboração significa pensar conjuntamente, co-criar em equipes multidisciplinares para que nosso pensamento se multiplique exponencialmente. A diversidade de gêneros, raça, classe social, posicionamento e vivências é o que promove a riqueza de olhares e a ampliação das possibilidades.

Já a experimentação significa sair do campo das ideias, da fala. Construir e testar soluções para evitar problemas futuros, na fase de implementação e lançamento de produtos ou serviços. Trazer o cliente e demais stakeholders para testar junto elimina uma série de problemas que seriam impossíveis de mapear sem a perspectiva de quem está de fora.

É por esses e tantos outros motivos que o Design Thinking tem se transformado em um modelo de gestão tão eficaz. Mais do que uma metodologia, ele prega uma nova forma de pensar e de agir. Já entendemos que o mundo está num processo de profunda transformação e que velhos modelos não serão mais suficientes para atingirmos novos objetivos.

Marília Cardoso é jornalista, com pós-graduação em Comunicação Empresarial, MBA em Marketing e pós-MBA em Inovação. É empreendedora, além de coach, facilitadora em processos de Design Thinking, consultora e professora de inovação. É fundadora da InformaMídia, agência de comunicação, e sócia-fundadora da PALAS, consultoria de inovação e gestão.

 

Já conferiu o artigo acima e se programe para participar do workshop que vai acontecer entre os dias 29 e 30 de novembro.

Serviço:

Design Thinking para inovação em negócios

Dias 29 e 30 de novembro, das 9h às 18h

Av. Roque Petroni Júnior, 850 – Sala 91 – Vila Gertrudes, São Paulo – SP, 04070-000

Para comprar o ingresso para o evento, clique aqui.

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