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Criatividade

Entrevista: Danielle Paulino, diretora comercial da 2A1 Cenografia, explica sobre licenciamento e projetos da empresa

By 04/09/2019setembro 6th, 2019No Comments

2a1 Cenografia, líder no mercado de cenografia com licenciamentos exclusivos de corporações internacionais, esteve na Expo Licensing Latam, em São Paulo, nos dias 27 e 28 de agosto, com um lounge exclusivo para expositores, oferecendo espaço para café, reuniões e descanso. Para relacionar a ideia à empresa de cenografia, cada ambiente da casa retratou o processo criativo e de desenvolvimento das ações da 2a1 envolvendo apenas personagens licenciados. Toda a caracterização do local vem das referências da feira de licenciamento de Las Vegas (EUA), e irá contar com um personagem diferente representado em cada ambiente. Confira a entrevista na íntegra com Danielle Paulino, diretora comercial da 2A1 Cenografia: 

Conte um pouco sobre a 2a1

A 2a1, hoje, tem 20 anos de existência. Começamos fazendo exposição fotográfica para shopping, sempre trabalhamos com shopping. Após as exposiçōes, começamos a criar cenários, como ainda não tinham licenciamento, eram cenários proprietários, com personagens e layout nossos. Ao longo dos anos o shopping foi mudando o perfil e o público começou a exigir um pouco mais das empresas de cenografia, atualmente as pessoas exigem uma experiência completa que é ter uma imersão das coisas que assiste e gosta, e começamos a licenciar, apesar de ter alguns projetos próprios, hoje, a maioria são licenciados para conseguir atender a demanda do consumidor do shopping que é o consumidor final.

 

Comente sobre o licenciamento

Primeiro, começa com bastante networking e confiança, as marcas não entregam o personagem para qualquer pessoa. Os licenciadores confiam no nosso trabalho, porque realmente queremos entregar uma experiência de qualidade para o cliente.

Segundo, fazemos uma pesquisa sobre as marcas que vão vir, o que achamos que será sucesso, e apostamos. Então, um ano antes, começamos a frequentar as feiras de licenciamento, tanto fora quanto aqui, essa é a maior que acontece no Brasil, até por isso que temos lounge, porque fazemos um networking muito bacana com o pessoal da feira. E com isso, começamos a comprar o direito de uso do personagem, criamos o espaço, passando por todas as aprovaçōes e depois a venda final e a montagem.

 

Por ser a maior empresa de cenografia, como fazer essa curadoria e escolher o personagem certo e fazer parceria com as empresas?

É pesquisa. Até hoje, tivemos algumas apostas ruins, mas foram poucas. Precisamos ficar um pouco à frente, entender o momento atual e seguinte, uma pesquisa do momento seguinte. Por exemplo, hoje a moda é o Hotel Transilvânia, mas precisamos estar antenados no que está por vir, então, é um trabalho de assistir bastante coisa, as vezes assistir com as crianças, já que o nosso consumidor final é a família e a criança. É o estudo constante do que está por vir, para entender quais são as licenças que vão ser relevantes para o próximo ano.

E como é lidar com um personagem que estoura em pouco tempo?

A nossa ideia é essa, apostar em um personagem que não é muito conhecido, mas que em enquanto estamos construindo o projeto e esperando aprovação, ele comece a ter sucesso. A pesquisa é justamente para isso, apostar em um personagem que pode chegar no auge da fama. E hoje o shopping tem o fluxo dele, sempre fila no estacionamento, no restaurante, o consumidor pode não comprar, mas está no momento de entretenimento, então, o shopping busca personagens que tragam esse fluxo. O legal do trabalho é isso, pegar um personagem que ninguém acreditava e ele estourar.

 

Como lidar com as mudanças no mercado, como o crescimento do público geek e de games?

Antigamente, a demanda nos shoppings era sempre para eventos infantis e pré-escolares, porque sabemos que é a mãe que leva, mas hoje, sabemos que tem um público geek e que se o shopping tem esse momento, ele vai fazer uma visita e prestigiar o espaço. Para o ano que vem, estamos criando eventos específicos para esse público, Pac-Man, por exemplo, faz 40 anos, vamos ter um evento especial, então, temos um evento direcionado para esse público, mas também que tenha atividades para a família.

 

Quais são os projetos para o Natal?

Tem Turma da Mônica que sempre tivemos, mas agora com o boom do filme conseguimos colocar um projeto novo. Temos um projeto novo com a Nickelodeon, estamos trabalhando com o mundo Nick inteiro, sabemos que tem uma identificação muito grande com criança, geek e adulto. A Nick é uma marca que acaba trazendo muita nostalgia. E os projetos que sempre tivemos, Madagascar, Os Pinguins de Madagascar, Os Smurfs, Shrek, todos os clássicos dentro do Natal.

 

E como é agregar esses personagens ao Natal sem tirar o papai Noel?

Em São Paulo, temos cerca de 60 shoppings relevantes, as pessoas acabam indo no que estão acostumadas, o mais perto de casa ou do trabalho, se você procurar uma decoração tradicional, não precisa trocar de shopping. A diversidade é bom para todos, o papai Noel continua no shopping, você faz uma foto com ele, isso é a tradição, mas você acaba deslocando as pessoas um pouco. Quem tem filho sabe que no final do ano tem Natal tradicional do shopping que você frequenta, mas sabe que tem o Natal de Os Pinguins de Madagascar, por exemplo, que você e seu filho adoram e vai em outro shopping fazer a visita. É agregar o personagem ao Natal sem deixar as tradiçōes natalinas.

 

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