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Entre os dias 23 e 24 de novembro, São Paulo recebeu o maior evento de profissionalização de influenciadores digitais já realizado na América Latina. O Connectors, organizado pela agência 3AC com curadoria da The Marketing Arm (TMA), contou com dezenas de profissionais e apresentou um novo panorama dos negócios que nascem a partir das redes sociais.

Os painéis abordaram as mais diversas discussões, desde o crescimento de novas redes sociais como o Tik Tok, passando pelo o que grandes marcas como Sadia e Movado Group esperam da publicidade realizada pelos connectors, como ficaram conhecidos os atores no universo da influência digital durante o evento e chegando à discussão sobre questões mais humanas por meio de projetos como o Um Novo Olhar, idealizado para oferecer reconstrução da face a mulheres violentadas por meio de tratamentos a laser.

Connectors: dos negócios à função social

A gerente de comunicação da marca de alimentos naturais Mãe Terra, Raquel Barreira, apontou que um dos principais fatores a serem analisados nas campanhas que envolvem connectors é a coerência. “É necessário que haja uma identificação com a marca. Por mais básico que isso possa soar, não é algo tão fácil de se encontrar. Acho que por isso obtivemos resultados positivos quanto ao engajamento e procura pelos nossos produtos após campanhas no mundo digital”, disse, referindo-se às pessoas que possuem entre 10 mil e 100 mil seguidores nas redes sociais. Segundo Raquel, a explicação para o êxito pode estar na publicidade mais caseira que ainda é desenvolvida por certos connectors, que passa ao público mais veracidade, acarretando mais seguidores a buscarem determinado produto.

O recente crescimento dos podcasts também foi tema de um dos painéis e contou com a participação do head of content e artist marketing do Deezer, Gabriel Lupi. O profissional acredita que, em menos de dois anos, os podcasts serão monetizados como as músicas e os vídeos. “Não falta muito para as inserções publicitárias serem cobradas por tempo e os criadores de podcasts serem remunerados da mesma forma que acontece com as músicas e os vídeos. É questão de um ano e meio para isso ser colocado em prática”, explica.

Mas nem só dos aspectos mercadológicos trataram as palestras. Pelas arenas Connectors e DNA passaram diversos nomes como Érico Brás, Luciellen Assis, Rebeca Costa, Vó Izaura, o Favelado Investidor e Camilo Coutinho, que usaram a credibilidade que possuem no meio para tratar de temas como a diversidade nas redes, o empreendedorismo nas periferias e o fortalecimento de causas sociais no universo digital. Esse último painel se destacou por ter rendido a um dos convidados, o jovem protetor de animar Esdras, uma doação de 300kg de ração recebidos em cheque por parte da rede de petshops Cobasi.

Já a dermatologista Dra Carla Goés, fundadora do Um Novo Olhar, foi uma das presentes no painel “Uso minhas redes sociais para alavancar o meu negócio”. Carla atende em seu consultório casos de mulheres encaminhadas por delegacias e pela Coordenadoria Estadual dos Conselhos Comunitários de Segurança (Conseg – SP). Iniciado em março deste ano, o projeto faz com que as mulheres recebam, além do tratamento, transporte e refeição.

Na mesma rodada de conversa, discutiu-se como profissionais de outras áreas deram um ressignificado à carreira após participarem ativamente das redes. Entre os presentes estavam também o chef e fundador do Paris 6, Izaac Azar, a stylist Tamara Guzman e os promotores de evento Renato Burrato e a diretora da A. Nacaratto Comunicação, Adriana Nacaratto.

Para a idealizadora do evento, CEO da TMA Brasil e líder de operações da empresa na América Latina, Luciana Medeiros, o Connectors chegou para educar o mercado e se somar aos bons eventos do segmento. “Mas nascemos para sermos únicos, logo na primeira edição reunimos quase mil pessoas, em dois dias de evento”, afirmou. “Apresentamos conteúdos de relevância, com verdade e representatividade, e isso gerou uma transformação em todos os presentes, pelos depoimentos que recebemos.”

Luciana também ressaltou a importância de se aliar profissionalismo à uma postura humana. “Para ser um connectors é preciso ser um profissional que, antes de tudo, não se esquece de seu papel como cidadão, que transforma seu entorno de forma criativa e com verdade, representando marcas com propriedade e conquistando público de forma autêntica”, concluiu.

 

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