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Antonio Affonseca

Antonio Affonseca é Bacharel em Engenharia Mecatrônica (Controle e Automação) pela Federal de Brasília com Mestrado em Tecnologia Espacial, e um segundo Mestrado em Engenharia Eletrônica e Informática. Possui também um MBA em Estratégia de Negócios pela FGV. Antonio atua há mais de 10 anos com Publicidade e Marketing Digital, com especialização em Mobile Marketing tendo participado de inúmeros comitês do IAB Brasil. Em 2018 ele recebeu o prêmio de Personalidade do Ano no quesito Mobile Marketing pela Digitalks.

A pandemia forçou uma aceleração digital em todo o mundo, e de acordo com o Relatório sobre apps financeiros da Liftoff em 2020 o setor financeiro registrou números que acompanham essa aceleração generalizada.

O aumento no número de downloads de apps financeiros subiu em todo o mundo e teve um pico interessante em países da América do Sul como Brasil e Argentina. O Brasil registrou um aumento de 75% em comparação a 2019, mostrando que o Brasileiro já abraçou a nova era financeira digital.

Créditos: Freepik

Já há muitos anos o Brasil se desenvolve para abraçar os não bancarizados. As Fintechs, com a onda do Open Banking e o fenômeno Pix, forçam a reinvenção dos grandes bancos tradicionais e o movimento de digitalização das pessoas devido à Pandemia, fez com que esse processo se acelerasse a níveis altíssimos em 2020.

Caso não tenha ouvido falar sobre Open Banking, se trata do conjunto de regras e processos tecnológicos sobre o compartilhamento e uso de dados de clientes entre as instituições financeiras. O cliente pode, se assim desejar, solicitar que seus dados sejam compartilhados com outros bancos e fintechs, por exemplo. O Open Banking irá democratizar empréstimos e outros serviços, permitindo que o cliente escolha qual instituição financeira oferece o melhor tipo de serviço para a sua necessidade.

O crescimento nos números não se limitam aos downloads, o brasileiro também está aumentando o tempo de uso em apps financeiros, mais de 65% em relação ao ano passado. Com o Home Office o brasileiro ganhou tempo e começou a pesquisar. Com as taxas de juros de investimentos tradicionais pouco atrativas, ele tentou se reinventar e descobrir novas formas de investimentos. Algumas já conhecidas como Tesouro Direto e ações da bolsa de valores e outros um pouco mais arriscados e não tão conhecidos pela população em geral como o mercado de opções, mini-contratos e até mesmo o Bitcoin e outras criptomoedas.

Bancos Tradicionais x Fintechs e Pagamento do Auxílio Emergencial

Em todo o mundo pode-se perceber que os aplicativos de fintechs estão consumindo mais tempo dos usuários do que as instituições financeiras tradicionais. Curiosamente não temos esse mesmo comportamento no Brasil, onde ainda ficamos mais tempo em apps de instituições tradicionais já conhecidas do mercado, números que podem possuir uma relação direta com o pagamento do Auxílio Emergencial oferecido pelo governo para conter a crise social causada pela pandemia.

Dentre os 5 aplicativos financeiros mais baixados por aqui, os 3 primeiros possuem relação direta com o auxílio emergencial, que é solicitado e pago de maneira digital, com isso, diversos brasileiros tiveram um primeiro contato com serviços financeiro de forma 100% digital, o que pode acelerar ainda mais a transformação digital no país, tendência que deve ser ainda maior em 2021.

Custos de Aquisição e Taxas de Conversão

O Relatório anual mostrou que o custo por instalação (CPI) subiu 25% referente ao ano anterior. O mesmo aumento se evidenciou no custo do registro de um novo usuário, que praticamente dobrou. Se por um lado o CPI aumentou, positivamente pelo outro, as taxas de ativação também apresentaram um aumento, mais de um terço superior às do ano passado, o que resultou em uma diminuição do CPA. Estamos gastando mais para adquirir um usuário, porém, com usuários que possuem maior interesse nos produtos e serviços ofertados. O custo por ativação (CPA) acabou ficando 5% menor em relação ao ano anterior. Os resultados são animadores e mostram um cenário promissor para 2021.

Android aparece como oportunidade custo-benefício e deve ser um ponto de atenção para os profissionais de marketing durante o ano

A batalha dos sistemas operacionais se manteve com a chama acesa com vantagem para o Android. O relatório mostrou, como de costume, que é mais barato adquirir usuários do sistema da Google em comparação com usuários da Maçã. A grande novidade se deu pelo aumento das taxas de conversão, que se mostraram bem elevadas no sistema do Google. Esse fato alinhado com o desconhecimento sobre o que vai acontecer no mercado com o iOS 14.5 podem fazer com que o Android ganhe ainda mais importância nas mentes dos profissionais de marketing em 2021.

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