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Cobra Kai continua sua história em sua 4° temporada, que estreou na semana passada, dia 31 de Dezembro. A série conta a continuação da história de Karatê Kid, o filme clássico que marcou época na década de 80. Entretanto, dessa vez a história é vista pelo antagonista do filme original, Johnny Lawrence (William Zabka).

Mais de 30 anos após os acontecimentos do primeiro filme, a série mostra o futuro dos personagens enquanto Johnny tenta tomar um novo rumo na vida como sensei de Karatê. Além do próprio Lawrence, a série também traz de volta o protagonista da trilogia clássica, Daniel Larusso (Ralph Macchio).

Tendo suas duas primeiras temporadas feitas pelo YouTube em uma tentativa falha de emplacar produções originais, Cobra Kai chega agora em sua segunda temporada distribuída e produzida pela Netflix. Mas será que a quarta temporada da série que tem feito tanto sucesso vale mesmo a pena? A gente aqui do AdNews fala pra você:

Cobra Kai Never Dies

Depois de quatro anos de série (talvez um pouco menos levando em consideração que todo mundo só começou a ver depois da chegada na Netflix) já dá para cravar o quão divertida a série de Karatê da Netflix é. Tem algo mágico em ver adolescentes sendo treinados por um adulto com crise de meia idade e sendo colocados para se digladiar.

A terceiro temporada havia construído um gancho perfeito para a série continuar traçando sua história. Com os dois dojos rivais, Garras de Águia (de Lawrence) e Miyagi Do (de Larusso) reunidos, a expectativa era de ver os conflitos que essa junção iria gerar e como os vilões se aproveitariam disso.

Toda a interação entre as duas equipes são um dos dois principais destaques da temporada. Ainda que a série tenha aquele clima de “Isso tudo não seria resolvido com algumas sessões de terapia?”, é impossível não se conectar com os personagens, cada um tem uma personalidade própria e vê-los saindo da zona de conforto é incrível.

O personagem que mais rouba a cena ainda é o próprio Johnny Lawrence. Talvez seja um pouco de implicância pessoal por não gostar de Daniel-San desde o primeiro filme, mas toda a família Larusso parece insuportavelmente chata o tempo inteiro. Não que seja um defeito de Cobra Kai, muito pelo contrário, é muito mais divertido torcer para o Johnny quando os seus rivais/possíveis novos aliados são como são.

A união dos dojos ajuda a colocar os conflitos dos personagens em pauta e coloca-los para andar. As duas últimas temporadas de Cobra Kai tiveram seus momentos de enrolação, algo que não acontece aqui. Todos os personagens terminam a temporada diferente do jeito que começaram, existe um desenvolvimento acontecendo em cada um deles, até no principal vilão da saga, John Kreese.

Os novos personagens

A nova temporada de Cobra Kai traz dois personagens novos de destaque: Terry Silver (Thomas Ian Griffith), que volta após o terceiro filme da franquia, e Kenny Payne (Dallas Young), original da série. É bom adiantar que os dois funcionam bem e acrescentam a série, cada um de seu modo, mas o destaque aqui certamente é Silver.

Com sua volta aguardada desde a 2° temporada da série, o vilão é o cofundador da rede de treinamento Cobra Kai. Com uma participação bem caricata no terceiro filme, lançado em 1989, o vilão ganhou mais camadas na sua nova aparição, assim como a série fez com Kreese anteriormente.

A série utiliza o que já funcionava com o vilão antigamente e acrescenta ao que já havia sido estabelecido. Um bom exemplo disso é quando a série deixa claro que o personagem era viciado em cocaína na década de 80, algo que parecia implícito, mas não falado por conta dos tabus época. Além de claro, concluir o arco da história passada na guerra do Vietnã com seu parceiro de longa data.

Ainda assim, um dos elementos que faz de Silver o melhor personagem da 4° temporada é seu desenvolvimento contrário aos outros. Enquanto todos caminham em direção a solução de seus problemas pessoais, como Tory (Peyton Roi List), Terry Silver faz justamente o contrário.

O personagem começa a temporada aparentemente bem e saudável, longe do passado em que ele era quase um psicopata e até pior que Kreese. No decorrer da história, conforme o contato com sua história anterior aumenta, Silver volta a se aproximar de quem ele era anteriormente, até se firmar como vilão da história.

O mesmo vale para Kenny, a outra novidade. Ainda que tenha praticamente uma história repetida dentro da própria série, do garoto que sofre bullying e acaba entrando no Cobra Kai e se tornando o próprio valentão, a atuação de Dallas Young faz o personagem valer a pena.

Inclusive, o elenco jovem da série cumpre bem cada papel aqui. Os pontos fortes continuam sendo Xolo Maridueña, o Miguel, e Jacob Bertrand, o Falcão, mas o restante dos atores tiveram uma evolução visível. Até Tanner Buchanan, que normalmente era o menos expressivo e parecia só ler as falas sem tanta emoção está melhor nessa temporada, com uma cena de destaque no último episódio.

A 5° Temporada de Cobra Kai

Aviso: Spoilers do final da última temporada

Ainda sem data de estreia, a quinta temporada da série é uma certeza. As gravações já foram encerradas e com o sucesso da série era inevitável que acontecesse. Os ganchos no final de cada ano de Cobra Kai já são quase uma certeza, com a série sempre acabando com o gostinho de quero mais.

Com Miguel indo para o México procurar seu verdadeiro pai e uma possível melhora nas relações entre Johnny e seu filho Robby, é esperado que os dois personagens vão cruzar a fronteira para trazer o personagem de Xolo de volta para Los Angeles. Isso já é praticamente uma certeza, levando em consideração que Tanner foi gravar no México junto de Zabka.

Já do outro lado, vamos ter que esperar para ver como funcionará a dinâmica do dojo Cobra Kai sob o comando apenas de Silver. A prisão de Kreese certamente foi um dos pontos mais inesperados do final da temporada e será curioso ver a reação dos outros alunos ao saber dos últimos acontecimentos, principalmente Tory, que já sabe que teve seu título de campeã do torneio comprado.

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