Skip to main content

Na última quinta-feira (23), as companhias aéreas Gol e Azul surpreenderam o mercado ao anunciar um acordo de cooperação comercial que vai conectar suas malhas aéreas no Brasil por meio de um codeshare. A parceria, que entra em vigor no final de junho deste ano, inclui rotas domésticas exclusivas, ou seja, operadas por apenas uma das duas empresas, aumentando significativamente as opções de viagem para os passageiros.

Com cerca de 1,5 mil decolagens diárias combinadas, Gol e Azul criarão mais de 2,7 mil oportunidades de viagens com apenas uma conexão, ampliando a conectividade e a conveniência para os clientes. Esse acordo também integra os programas Azul Fidelidade e Smiles, permitindo que os membros acumulem pontos ou milhas no programa de sua escolha ao comprar os trechos.

O anúncio surgiu em meio a rumores persistentes sobre uma possível fusão entre as duas empresas. John Rodgerson, CEO da Azul, tem defendido publicamente a consolidação do mercado aéreo brasileiro, argumentando que isso seria benéfico para o setor. A Gol, que está em recuperação judicial nos Estados Unidos desde janeiro, tem atraído o interesse de vários players, incluindo a própria Azul e uma companhia aérea europeia, conforme relatos de fontes do periódico INSIGHT.

Conforme reportagem de abril da agência Bloomberg, as conversas entre Azul e Gol têm avançado, com uma possível solução envolvendo a troca de ações da Abra, holding que controla a Gol e a colombiana Avianca. No entanto, esse potencial “casamento” enfrenta desafios, especialmente no que diz respeito à estrutura societária. Atualmente, cerca de 56% do capital social da Gol pertence à Abra, cuja base acionária inclui a família Constantino, Roberto Kriete e outros sócios da Avianca, como os fundos Elliott, Kingsland e South Lake.

A governança compartilhada entre os sócios da Avianca e a família Constantino na Abra pode complicar uma fusão, com a Azul ficando com uma participação limitada, inferior a 20%, segundo estimativas de analistas do setor. Mesmo assim, o acordo de codeshare já é visto como um movimento estratégico significativo que pode pavimentar o caminho para futuras colaborações ou fusões.

* Com informações de EXAME

 

Acompanhe o Adnews no Instagram e LinkedIn. #WhereTransformationHappens