Após o apelo do presidente Donald Trump, a ByteDance, dona do TikTok, está em busca de encontrar um caminho para manter o novo aplicativo sensação nos celulares dos americanos. Isso porque a corrida comercial entre EUA e China está mais aguçada do que nunca! Há alguns anos, a China baniu diversos aplicativos americanos no território oriental, como o YouTube, Twitter, o Google e até o gigante Facebook, de Mark Zuckerber. Hoje, é a vez de a implicância americana tomar conta e impedir a ascensão dos vídeos curtos no país.
O TikTok está sendo considerado o primeiro fruto chinês que deu certo, mas está com seus dias contados, sob a ameaça do presidente do presidente, que deu uma data limite de até 15 de setembro para que a empresa chinesa entenda a situação e procure a melhor forma de continuar no país, já que ele não se incomodaria, caso o TikTok fosse comprado e administrado por uma grande empresa nacional.
Por que tudo isso? O governo americano indica preocupações quando o assunto é vigilância, censura ou até mesmo a segurança de dados pessoais, e segundo Trump, o aplicativo chinês pode ser uma oportunidade de espionagem de usuários para Pequim.
O aplicativo se pronunciou e se mostrou incomodado e ofendido com as acusações e, mesmo assim, tentou apaziguar e mostrar soluções o tempo todo. O TikTok também afirmou que em hipótese alguma compartilhou dados de usuários com o serviço chinês ou censurou conteúdos para cumprir ordens de Pequim. Em nota, durante o processo contra o governo americano, o aplicativo afirma que tentou buscar soluções e foi completamente ignorado sobre as tentativas de chegar a um acordo.
A ByteDance também tentou mostrar que esta guerra não faz bem a nenhum dos lados e decidiu tratar seus dados fora da China, e chegou a contratar americanos para que eles fossem os responsável por gerir o aplicativo.
Realmente, ao que tudo indica somente uma possível aquisição faria com que Donald Trump sossegasse e permitiria o uso do aplicativo de danças e vídeos. E com certeza o TikTok não vencerá o empresário pelo cansaço, já que recentemente a Huawei e a ZTE foram colocadas na Lista de Entidades proibidas para se fazer negócio com os Estados Unidos e estão banidas do país. Caso um caminho não seja selecionado pela dona do aplicativo, a ideia é que o TikTok também seja inserido nesta lista.
Dentro destes cenários podemos imaginar alguns caminhos, o primeiro é a ascensão de concorrentes com produtos similares ao do TikTok, para que a empresa perca a força no país. Engraçado que apps como o Likee, Snapchat e até o Instagram já estão tentando inserir funções parecidas aos vídeos e coreografias para dominar o público. Outro lado da moeda é pensar em outra maneira de remover o TikTok dos mais de 80 milhões de usuários americanos, e isso deve ser pensado com muito cuidado, já que caso o app seja considerado um software, o banimento do mesmo pode interferir a 1ª Emenda da Constituição Americana – a qual garante a liberdade de expressão.
Se pensarmos que nenhuma dessas opções possa se concretizar e o TikTok seja banido dos EUA, no dia 15 de setembro, data limite imposta por Trump, uma das primeiras consequências seria a retirada do app às lojas on-line oficiais , como a Play Store e a Apple Store. O segundo passo seria interromper a comunicação entre os servidores da plataforma e usuários dos Estados Unidos ou, resumidamente, o mesmo processo que o governo de Pequim utiliza para evitar acessos aos sites americanos que são bloqueados na China.
Entenda melhor sobre a posição do mercado diante dessa disputa entre TikTok e Trump no artigo de Elcio Santos:
“São os dados, estúpido!” O TikTok seria a tábua de salvação para as Big Tech americanas?