Google e Universal Music buscam solução para músicas geradas por IA

O acordo entre as empresas pretende desenvolver uma ferramenta que permita aos fãs criar canções geradas por IA, respeitando os direitos autorais e garantindo a devida compensação aos artistas.

Adnews

11.08.2023

Google e Universal Music buscam solução para músicas geradas por IA

Se você já sonhou em assinar uma composição junto ao seu artista favorito, saiba: isso pode estar muito perto de acontecer. O Google e a Universal Music estão negociando um possível acordo de licenciamento de vozes e melodias de artistas para canções geradas por Inteligência Artificial (IA). O acordo deve incluir o desenvolvimento de uma ferramenta que permita que fãs criem músicas geradas por IA, garantindo que os proprietários dos direitos autorais sejam devidamente compensados. E tem mais: os artistas teriam a opção de participar do processo!

A negociação está em estágio inicial, e ainda não há previsão para o lançamento do produto resultante desse acordo. Mas, vale ressaltar que essa conversa começou após uma tendência recente, na qual fãs utilizam programas de IA para criar músicas deepfake que imitam as vozes e estilos de artistas, dando a impressão de que estão cantando músicas alheias ou até mesmo novas composições.

No TikTok, diversos vídeos viralizaram apresentando músicas geradas por IA que imitam as vozes de artistas famosos, muitas vezes sem a autorização dos próprios artistas. Em uma busca rápida por ‘coversongsbyai’ na plataforma, o Adnews encontrou alguns exemplos bem interessantes que poderiam, facilmente, se passar por originais, não fosse o aviso de que se tratam de produções deepfake. Há, inclusive, perfis dedicados à publicação de vídeos do gênero.

No exemplo que mostramos abaixo, Freedie Mercury está cantando Thriller, um clássico de Michael Jackson, em versão produzida por IA. A única verdade por trás desse cover é que Freddie e Michael eram amigos na vida pessoal, e o vocalista do Queen realmente chegou a ser convidado pelo rei do pop para participar do disco Thriller, de 1982. Mas, a parceria não aconteceu porque Mercury estava com a agenda lotada de shows à frente do Queen, e não teve tempo de terminar algumas composições que ele e Jackson iniciaram juntos. Portanto, na realidade, Freddie Mercury nunca cantou a canção.

Recentemente, outra música, com vocais de IA semelhantes aos de Drake e The Weeknd, foi retirada das plataformas de streaming da Universal Music Group por apresentar conteúdo com IA generativa. Os dois casos demonstram os desafios enfrentados pela indústria musical em relação à utilização da ferramenta para criar músicas que imitam artistas existentes.

As negociações entre o Google e a Universal Music surgem em um cenário onde a indústria da música busca maneiras de lidar com as implicações da IA para os direitos autorais e a propriedade intelectual. A proteção das vozes e do conteúdo musical é uma questão crítica, e as gravadoras buscam garantir que os artistas tenham voz na utilização de suas criações em contextos gerados por IA.

* Com informações do The Guardian | Foto da capa: Reprodução/Internet

 

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