Mensagem confusa afasta clientes

Por Arnaldo Rabelo

Você já sentiu que algumas marcas falam muito, mas não dizem nada? A comunicação até parece correta, mas não provoca interesse, nem ação. Há algo errado — e quase sempre está na forma como elas se posicionam na história que estão contando.

Cliente é herói, você é guia A estratégia é simples: o cliente é o herói da história. A marca exerce o papel de guia — aquele que entende a jornada, oferece solução e conduz para a vitória. Quando esse papel fica claro e humano, a marca deixa de empurrar produtos e passa a convidar para uma jornada significativa.

Estrutura que muda tudo

Uma boa narrativa de marca segue uma fórmula testada: Herói com desejo (cliente).

• Obstáculo que precisa superar.

• Guia (você) com empatia e autoridade.

• Plano simples e objetivo.

• Convite à ação.

• O risco de ficar parado.

• O cenário de sucesso concreto.

Essa sequência traduz a proposta de valor da marca com objetividade e conexão emocional — evita confusão, reforça relevância. Clareza atrai confiança Clientes querem saber: “como isso resolve meu problema?”. Mensagens burocráticas geram ruídos. Quando o discurso é direto, a marca se torna memorável: entende necessidade, mostra caminho e gera vontade de seguir em frente. Marcas que usam esse modelo concentram foco nos desejos e inseguranças do público. Esse tipo de comunicação atrai atenção real e gera conversão com menos esforço. Uma agência de marketing que se apresentou como “especialista em planejamento criativo” mudou a narrativa: passou a se posicionar como “guiar startups que querem escalar com propósito”. Resultado: clareza que comunicou logo de cara posicionamento, público e propósito — e aumentou leads em 30%. Por que isso importa No fim, o que importa é ser facilmente compreendido. Mensagens complicadas dificultam a conexão, dobram a taxa de rejeição e abrem espaço para concorrência parecer mais simples — mesmo que tenha menos capacidade. A clareza de propósito é a ponte entre o valor real da marca e a atenção do cliente. A questão não é o que você diz. É como você diz. Marcas que escolhem clareza têm clientes que ouvem — e retornam.