O Erro Silencioso em Comunidades

*Por Arnaldo Rabelo A armadilha da “comunidade passiva” Muitas empresas acreditam que possuem uma comunidade apenas porque criaram um espaço digital — um grupo no WhatsApp, um fórum no Discord…

Adnews

29.04.2025

O Erro Silencioso em Comunidades

*Por Arnaldo Rabelo

A armadilha da “comunidade passiva”

Muitas empresas acreditam que possuem uma comunidade apenas porque criaram um espaço digital — um grupo no WhatsApp, um fórum no Discord ou uma página de membros em alguma plataforma. No entanto, a diferença entre ter um grupo de contatos e ter uma comunidade viva é profunda.

Uma comunidade de marca que gera valor real não é medida pelo número de cadastros ou pela frequência de posts. Ela é medida pela energia que circula entre as pessoas: a troca espontânea, o senso de pertencimento e a motivação genuína para defender a marca.

O erro silencioso acontece quando se acredita que a presença é suficiente. É fácil confundir plateia com comunidade. Mas a plateia assiste; a comunidade participa.

O que impulsiona uma comunidade viva?

Construir uma comunidade forte exige mais do que entregar conteúdos e responder comentários. A base é desenhar mecanismos que promovam três elementos fundamentais:

  • Identidade compartilhada: membros precisam se ver como parte de algo maior.
  • Interação constante: o valor da comunidade nasce da interação entre membros, não apenas entre a empresa e o público.
  • Propósito claro: pessoas se unem mais por uma causa do que por uma oferta.

A construção desses pilares exige intenção desde o início. Comunidades não se formam por acidente.

Como corrigir o curso

Para empresas que já iniciaram um grupo, mas sentem que falta vitalidade, o caminho de ajuste pode começar com ações práticas como:

  1. Nomear líderes naturais: identifique membros que já se engajam espontaneamente e dê a eles mais espaço para liderar conversas.
  2. Criar rituais: eventos recorrentes, desafios mensais ou tradições simbólicas reforçam a cultura interna.
  3. Promover a colaboração: crie oportunidades para que membros cocriem produtos, conteúdos ou eventos.
  4. Reduzir a centralização: nem toda comunicação precisa passar pela empresa; abra espaço para interações horizontais.
  5. Celebrar histórias da comunidade: dê visibilidade para conquistas, histórias pessoais e momentos marcantes dos membros.

Ao aplicar pequenas mudanças estruturais, a comunidade deixa de ser um simples canal de comunicação e se transforma em uma plataforma de valor coletivo.

O futuro da marca é comunitário

Enquanto campanhas vêm e vão, uma comunidade forte permanece. Ela absorve crises, amplia lançamentos e sustenta relevância a longo prazo. Em um mercado onde a atenção é cada vez mais difícil de manter, marcas com comunidade ganham vantagem real: elas não apenas vendem para pessoas, mas vendem com pessoas.

O desafio não está em criar mais grupos, mas em criar mais vínculos.

*Arnaldo Rabelo é Consultor de Marketing de Comunidades, com mais de 20 anos de experiência, atendeu empresas como Grendene, Guga Kuerten Company e Universal Studios. Atuou em cargos de liderança no Instituto Ayrton Senna, Contém 1g e Klin Produtos Infantis. Tem MBA em Marketing pela FGV e em inovação e gestão pela PUC. Mentor do Founder Institute e Inovativa Brasil

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