O novelão absurdo de Echoes, da Netflix

Histórias de gêmeos que trocam de lugar existem aos montes, seja na literatura, no cinema e na TV. Até mesmo nas novelas brasileiras, Mulheres de Areia marcou época em suas duas versões. E agora tem na Netflix a série Echoes, com Michelle Monaghan fazendo o papel duplo das gêmeas Leni e Gina. Eu assisti a série de sete episódios. Pode até agradar muita gente, mas é tão sem pé nem cabeça, que nem com muita boa vontade conseguiu me conquistar.

Gina (Michelle Monaghan) é uma bem -sucedida escritora casada, que mora em Los Angeles. Logo, ela descobre que sua irmã gêmea, Leni, que mora na terra natal das duas, desapareceu misteriosamente. Leni simplesmente sumiu sem deixar qualquer vestígio de seu paradeiro. A polícia tenta convencer Gina que sua irmã pode ter fugido voluntariamente. Só que ela está convencida que algo terrível aconteceu. E começa a investigar o passado para tentar encontrar qualquer possível pista. Aos poucos, Gina passa a recuperar memórias fragmentadas da infância das duas que podem ser respostas para o que aconteceu. Com a ajuda de Jack (Matt Bomer), ela mergulha cada vez mais fundo em segredos terríveis sobre o passado que ela jamais poderia imaginar.

O que achei de Echoes?

Michelle Monaghan, assim como o resto do cast – muito bom – tenta tirar leite de pedra com um roteiro confuso, e ao mesmo tempo previsível. A série fica indo e voltando no tempo, e há momentos que, sinceramente, eu já nem sabia mais quem era quem, rs. Entretanto, sempre ficou a vontade de ver como iriam terminar essa história. Aliás, o final acaba sendo a melhor coisa  da série –  talvez a mais inesperada.

Um outro ponto positivo é a atuação de Karen Robinson ( da série Schitt’s Creek) como a Xerife Floss. Ela tem um olhar tão fora do comum  e parece parte da audiência. Ou seja, sabe que tem algo errado, mas não consegue entender direito essa história, rsrs. Fazia tempo que não via uma série tão confusa, atabalhoada como Echoes. Mas insisti e cheguei até o final. Só ficou a sensação da perda de tempo.

Eliane Munhoz

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