O levantamento ouviu 1.045 brasileiros que usavam a rede social e buscou entender o impacto do bloqueio no país, que figurava entre os 10 maiores usuários globais da plataforma. Dentre os participantes, 51% afirmaram utilizar o X com frequência antes do bloqueio, enquanto 30% o usavam com menos regularidade. Um em cada cinco (19%) já havia reduzido ou abandonado o uso da plataforma antes da decisão, em grande parte devido ao aumento de conteúdos indesejados.
Perspectivas sobre o futuro do X no Brasil
Para 72% dos entrevistados, o X deveria adotar medidas mais eficazes para evitar discursos de ódio, enquanto 82% defendem que as redes sociais deveriam ser responsáveis por combater a disseminação de fake news. Em relação ao bloqueio, 43% acreditam que a decisão não foi justificada, enquanto 39% apoiam a medida, e 18% disseram não ter informações suficientes para opinar.
A pesquisa também revelou que 80% dos entrevistados acham que as redes sociais devem obedecer às leis dos países onde operam. No entanto, 35% demonstraram preocupação com o bloqueio, especialmente no que diz respeito à liberdade de expressão e ao futuro das redes sociais no Brasil.
Impacto das redes sociais e o uso excessivo de dispositivos móveis
Outro estudo, encomendado pelo site Nomophobia.com, revelou que 79% dos brasileiros admitem usar dispositivos móveis de forma excessiva. Em relação ao X, 76% dos entrevistados afirmaram que as notícias chegavam mais rápido na plataforma do que em outras redes, o que fazia com que 68% se sentissem mais atualizados.
No ambiente profissional, 28% dos entrevistados disseram que a suspensão do X afetou diretamente campanhas de marketing, estratégias de conteúdo e engajamento com o público. Além disso, 9% se sentiram mais distantes dos clientes devido ao bloqueio.
Sobre a migração para outras plataformas, as reações foram variadas:
- 56% dos usuários disseram que não migraram para novas redes, apenas continuam usando as que já tinham.
- 22% migraram para o Threads.
- 15% optaram pelo Bluesky.