Você está ouvindo sua comunidade?

*Por Arnaldo Rabelo Ter seguidores é fácil. Difícil é fazer com que eles se importem. E mais difícil ainda é transformar atenção em conexão — daquelas que defendem sua marca…

Adnews

03.06.2025

Você está ouvindo sua comunidade?

*Por Arnaldo Rabelo

Ter seguidores é fácil. Difícil é fazer com que eles se importem. E mais difícil ainda é transformar atenção em conexão — daquelas que defendem sua marca mesmo quando o algoritmo não entrega.

É aí que entra o trabalho real de gestão de comunidades nas redes sociais. Não é só responder comentários ou fazer enquetes no story. É entender que a comunidade não é só um canal de distribuição: é um campo fértil para gerar valor, conteúdo, lealdade e até produtos.

Por que isso importa agora

Pessoas querem pertencer. E marcas que conseguem representar uma causa, um estilo de vida ou uma mudança tornam-se pontos de encontro. O problema é que muita empresa quer “fazer comunidade” como quem monta um grupo de WhatsApp: sem estratégia, sem liderança, sem ouvir de verdade.

Quem leva a comunidade a sério colhe mais do que likes. Tem gente cocriando campanhas, defendendo a marca e fazendo conteúdo espontâneo melhor do que o da agência.

UGC: a mina de ouro subutilizada

O conteúdo gerado por usuários (UGC na sigla em inglês) é um motor silencioso de relevância. É mais barato do que qualquer mídia, mais crível do que qualquer influenciador e mais poderoso do que qualquer jingle.

Exemplo? A Salon Line construiu uma comunidade forte ao repostar conteúdos reais de clientes. Em vez de apostar só em campanhas grandes, transformou usuárias comuns em embaixadoras. Isso gera identificação, repertório e confiança — três ativos que os anúncios vivem tentando comprar.

Como ativar sua comunidade com UGC

  1. Valorize histórias reais: seu público tem narrativas que vendem melhor que briefing. Dê palco a elas.
  2. Crie rituais: hashtags, desafios e formatos próprios criam familiaridade e reforçam cultura.
  3. Reconheça a contribuição: repostar é o mínimo. Comente, agradeça, dê destaque e envolva quem participa das decisões.
  4. Não terceirize o diálogo: gestão de comunidade não é SAC. É construção de vínculo. E isso exige presença da marca com voz humana.

Marca com comunidade forte é menos refém de mídia

Quando sua marca é só mais uma voz querendo atenção, o algoritmo pode te ignorar. Mas quando ela representa algo que as pessoas querem defender, o algoritmo trabalha a seu favor — porque é gente que está puxando a conversa.

Quem aposta em comunidade ativa reduz CAC, aumenta LTV e constrói uma barreira competitiva que dinheiro nenhum compra de um dia para o outro.

A pergunta que fica é: sua marca está construindo uma comunidade ou apenas postando para quem tiver tempo?

*Arnaldo Rabelo é Consultor de Marketing de Comunidades, com mais de 20 anos de experiência, atendeu empresas como Grendene, Guga Kuerten Company e Universal Studios. Atuou em cargos de liderança no Instituto Ayrton Senna, Contém 1g e Klin Produtos Infantis. Tem MBA em Marketing pela FGV e em inovação e gestão pela PUC. Mentor do Founder Institute e Inovativa Brasil

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