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O Rio Innovation Week, uma das maiores feiras de tecnologia do Brasil, marcou a semana passada  com um evento híbrido em formato inovador, o evento que contava com diversos palcos setoriais como a Arena Hub focada em esportes e Games, Sociedade 5.0 de Cidades Inteligentes, Innovative Workplaces que discutia o Futuro do trabalho e Agritech sobre inovação no Agro e outras ações direcionadas para segmentos específicos que facilitavam a interação de participantes e entusiastas de inovação e tecnologia mas principalmente a troca e fomento de negócios entre startups, investidores e cor entusiastas da contou com palestras, com um dos primeiros eventos presenciais do ecossistema de inovação desse porte desde o início da pandemia.

Embora a conferência possa parecer um pouco diferente em 2021, ela ainda mostra a mistura familiar de startups e produtos inovadores e malucos que aparecem ano após ano porém com muito pé no chão e foco em usabilidade, operação e viabilidade das inovações, alguns highlights do evento contados pelos próprios palestrantes e change-makers.

Foto: Evaldo Macedo

Futuro do Trabalho e Novos Modelos de Trabalho

Para Cassiana Buosi da Lifelong Workers uma nova tendência de modelos de trabalho e comportamento está iniciando e vai mudar o jeito como nos relacionamos com emprego e jornadas como conhecemos hoje.
As pessoas estão questionando os modelos tradicionais de trabalho, mas principalmente, o porquê trabalhamos. Elas estão entendendo que podem encaixar o trabalho em suas vidas e não ao contrário, como infelizmente ainda vemos que é o padrão dominante. Faz parte desse processo a reflexão do conceito do que é sucesso e de “vender a alma” em um emprego bem remunerado, onde elas passam a dar mais prioridade agora para a saúde e bem estar. O nome desse movimento é “ A Grande Ressifignicação” ou The great reshuffle.

Um dos benefícios da Grande Ressignificação – Great Reshuffle – é que os trabalhadores eventualmente serão capazes de criar carreiras que se encaixem melhor em suas vidas e mais pessoas negociando acordos de trabalho sob medida seja ele remoto, híbrido ou um novo modelo.
Para os profissionais, Cassiana destaca 3 habilidades importantes aos profissionais para que consigam acompanhar esse movimento: ter auto responsabilidade e atitudes mais empreendedoras, trabalhar bem com relacionamentos em rede e pluralidade que seria a habilidade de expandir sua compreensão de mundo e diversas áreas e com isso se tornar um ativo importante no mercado de trabalho através da sua autenticidade.
Algumas empresas que já estão acompanhando esse movimento e tem políticas inovadoras no Brasil e no mundo são: Lush, Holocracy 1, Patagônia, Roche, CPI Tegus e a Lifelong Workers.

“É um movimento que está sendo liderado pelas pessoas e não pelas empresas; o tempo de reação das empresas geralmente é mais demorado” comenta Cassiana.

Foto: Evaldo Macedo

Um dos benefícios da Grande Renúncia é que os trabalhadores eventualmente serão capazes de criar carreiras que se encaixem melhor em suas vidas e mais pessoas negociando acordos de trabalho sob medida seja ele remoto, híbrido ou um novo modelo.

Para os profissionais Cassiana destaca 3 habilidades importantes aos profissionais para que consigam acompanhar esse movimento como: ter auto responsabilidade e atitudes mais empreendedoras, trabalhar bem com relacionamentos em rede e pluralidade que seria a habilidade de ir no caminho inverso da especialização e se tornar um ativo importante no mercado de trabalho através da sua autenticidade. 

As empresas que já estão acompanhando esse movimento e tem políticas inovadoras no Brasil e no mundo:  Lush, Holocracy 1, Patagônia, Roche, CPI Tegus.   

Cidades Inteligentes e Sociedade 5.0

Tive a oportunidade de conversar um pouco com o Felipe Peixoto, Coordenador de Cidade Inteligente da Prefeitura do Rio, que contou sobre as iniciativas avançadas da Cidade do Rio de Janeiro para facilitar soluções inteligentes que promovam o bem-estar das pessoas conectadas com a cidade, como por exemplo, o Centro de Operações Rio (COR), que utiliza alta tecnologia para o gerenciamento das informações oferecidas pelas agências integradas e por sensores estrategicamente posicionados para transmitir informações em tempo real para a população e a imprensa. 

Para Felipe, Cidades Inteligentes precisam ser integradas e acompanhadas de um movimento intersetorial para que sejam um sucesso. Alguns entraves como energia, segurança, cabeamentos aparentes, questões legais e burocráticas, se simplificados, poderiam beneficiar o surgimento de Cidades mais inteligentes.

Ainda como cidades inteligentes foram destaques soluções como a Zletric que traz uma solução para mobilidade urbana, fornecendo energia limpa em  redes de estações para veículos elétricos: disponíveis em condomínios, estacionamentos, shoppings, veículos elétricos que segundo a empresa em um horizonte de 5 anos se tornarão cada vez mais comuns assim como a Vila A, do Parque Tecnológico de Itaipú Um Bairro Completo para testar e validar tecnologias de cidades inteligentes que é um verdadeiro case de tecnologias aplicadas.

Mercado Imobiliário e Construtechs

Este é um mercado que vem em constante evidência e chamando atenção pelos unicórnios do segmento como Quinto Andar, Loft, Madeira Madeira e por ai vai mas no evento o que chamou atenção foi justamente a maneira como fazer negócio com ajuda de criptoativos, o assunto foi abordado em algumas palestras e como destaque a Ribus, se destacou pelo seu modelo inovador para o mercado. A empresa oferece uma plataforma de integração via Blockchain, pensada estrategicamente para o setor mobiliário.

Agregando e fornecendo um leque de produtos e serviços dentro deste setor, garantindo a distribuição de resultados operacionais para toda a cadeia da construção e comercialização de ativos imobiliários.Para a empresa criptoativos não é mais uma opção e sim a próxima onda que virá com a Internet 3.0, segundo os fundadores da Ribus o Pix já foi um primeiro passo do governo para um real digital e já prepara um cenário de criptomoeda em um futuro próximo.

Inovações no Agro 

“1/3 do PIB do Brasil vem do agro mas faltam pessoas trabalhando nesse setor e nem todas  inovações realmente atendem as dores das corporações por não entenderem o que realmente acontece no campo” Diz Bruno Dupin Gaspar, da Startup Connection e curador das startups e palestras do palco Agro. Para Bruno a tendência das inovações para Agro são as chamadas “Enablers”, empresas que conseguem habilitar o agro com serviços especializados para o setor como por exemplo branding e comunicação para agro.

Bruno aponta 3 apostas para esse setor nos próximos anos:

  • Metaverso – Empresas que desenvolvam um Fortnite dentro de um ambiente de agro
  • Tecnologia 5G- Que possibilite conexão do campo com soluções tecnológicas
  • Inteligência artificial- Aplicada para gerar melhores previsões

Comunidades

Para Ricardo Motta que é articulador do ecossistema de inovação do Rio de Janeiro e Open Innovation Manager da TCS na Vale, é muito importante criar comunidades como alavancas corporativas, no evento ele palestrou sobre o tema e apontou a importância do Rio Innovation Week ter sido realizado em um formato diferente possibilitando a inserção da Cidade do Rio de Janeiro no destino dos interessados em eventos de inovação mundiais. Segundo Motta “O Rio Innovation Week assume um espaço aberto, um oceano azul de possibilidades, para se fazer bons negócios no estado com o segundo maior PIB do país”

Esses foram alguns destaques de um evento muito maior que explorou inovações no Turismo, no Esporte, no varejo e principalmente na saúde com diversas health techs voltadas para descomplicar sistemas de saúde e tornar o país referência. Em termos de pautas, a preocupação com ESG, diversidade e a agenda 2030 da Onu estava sempre presente em todos os palcos e conversas.

O que não da para negar é que essa semana colocou a Cidade Maravilhosa no mapa de Inovação e somada a beleza natural da cidade e hospitalidade do carioca fica ainda mais prazeroso encaixar a Rio Innovation Week no radar! Vale a pena ir no próximo.

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