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Eliane Munhoz

Eliane Munhoz, criadora do Blog de Hollywood, trabalhou em estúdios produtores de conteúdo como Sony, Paramount e Warner. Além do Blog, onde você fica sabendo tudo sobre os últimos lançamentos do cinema, séries de TV e streaming, premiações e red carpets, possui um quadro sobre o assunto na Manhã do Ronnie na Rede TV, e apresenta o Markket Cine no Canal Markket.

Numa situação normal, eu não assistiria O Canto do Cisne, que está disponível na Apple TV Plus. É um filme que fala sobre doença, morte, sofrimento. Entretanto, Mahershala Ali, um ator que admiro muito, está concorrendo ao Globo de Ouro por seu papel no filme. E ainda o filme tem no elenco Glenn Close e Naomie Harris. Ou seja, tinha que ver. E não me decepcionei. Sim, chorei, mas vi belas atuações e um belo filme.

Num futuro próximo, ficamos conhecendo Cameron Turner (Mahershala Ali). Ele é um homem bem sucedido, mas que tem uma doença terminal. Só que ele quer proteger sua família das más notícias. É quando ele decide buscar uma solução experimental para que sua mulher e filho não sofram com essa perda. Afinal, a mulher tem um histórico de depressão e está grávida novamente. Ele busca então a ajuda da Doutora Jo Scott (Glenn Close). Nesse processo,  Cam luta para decidir qual será o destino da família. E vai aprender mais sobre a vida e o amor do que jamais havia imaginado.

O que achei do filme?

O diretor é Benjamin Cleary, que ganhou o Oscar de curta-metragem em 2015 por Stutterer. O Canto do Cisne, que ele também roteirizou, é seu primeiro longa. Ele tem soluções primorosas de fotografia e direção de arte. A clínica de Jo é maravilhosa. É claramente passado no futuro, mas nem tanto. Apenas o suficiente para você acreditar que a solução para Cameron é possível.

A princípio fiquei revoltada com a decisão de Cameron de manipular a vida de sua família, tomar decisões sozinho. Depois é mais fácil de aceitar quando se conhece o histórico de Poppy (Naomie Harris). E no final, você acaba torcendo para que dê tempo, para que ele consiga fazer o que precisa. É uma manipulação total dos sentimentos, que o roteiro faz na medida certa.

E para isso tem um elenco maravilhoso. Awkwafina surpreende um papel mega dramático. Glenn Close, sempre perfeita, maravilhosa. Naomie Harris, uma atriz incrível, e que Hollywood ainda não conseguiu dar o reconhecimento devido. Ela aqui repete sua parceria de Moonlight, com Mahershala (os dois eram as únicas coisas que se salvavam naquele filme chato). E Mahershala, em papel duplo, demonstra mais uma vez o ator completo que é. Fica claro sempre quem é Jack e quem é Cameron, nos mínimos detalhes. Vale muito ver a(s) atuações dele.

O Canto do Cisne

Para quem se pergunta a razão do título O Canto do Cisne. Há uma lenda antiga sobre isso. Todo mundo conhece os grasnados dos gansos, que não tem nada de melodiosos. Mas, um pouco antes de morrer, eles são capazes de um canto lindo. Normalmente, esse termo é usado para se referir a última aparição importante e inesquecível de algum atleta ou artista. Aqui no filme, refere-se claramente à decisão definitiva, e especial, de Cameron, para manter sua família bem. É bonito!

Eliane Munhoz

Para saber mais sobre filmes e séries, acesse blogdehollywood.com.br

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