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Falar sobre cultura no mundo corporativo é sempre delicado, pois é preciso ter muito cuidado para não repetir frases prontas e acabar não adicionando nada a uma discussão tão frequente. Porque falar sobre cultura, todo mundo fala — ou deveria —, mas, agir de fato, é outra história.

Não vou entrar no mérito da importância de ter uma cultura forte na sua empresa. Já existem muitos artigos e pesquisas comprovando o aumento de produtividade, o bem-estar e a melhora geral no ambiente de trabalho de uma equipe conectada e engajada. O ponto é: o que fazer para chegar lá?

Eu diria que desenvolver uma cultura organizacional firme começa pelo propósito. Definir os valores da empresa não é ladainha, mas sim um passo importante para entender o que é prioritário para aquela companhia, socialmente falando. Os valores incluem causar impacto positivo na sociedade? Fomentar a diversidade e inclusão? Ensinar e educar?

Com essas e outras respostas, é possível começar a traçar algumas ações efetivas para alcançar um ambiente que reflita cada um dos valores. E esse é um ponto importantíssimo a ser destacado: ações são absolutamente necessárias. Cultura não é apenas sobre comunicar, ainda que isso seja parte fundamental de qualquer organização. Cultura é também sobre fazer.

Por exemplo, se sua empresa pretende abraçar causas igualitárias, como a inclusão de pessoas pretas ou LGBTQIAP+ na sua área de atuação, então existem algumas coisas a serem feitas para agir sobre o assunto. Eventos ou treinamentos para incentivar debates construtivos; políticas anti-discriminação bem construídas; pesquisas internas; todas essas são algumas opções que fazem muita diferença.

Quando a empresa age, a equipe reconhece e se move junto. Toda ação reverbera de alguma maneira. Contudo, lembre-se: você precisa ter certeza de estar tomando as decisões certas para o aproveitamento e bem-estar do seu time. E só tem um jeito de ter certeza disso.

Escutando

Para cada valor e cada objetivo, diversos processos podem ser criados em cada empresa, não há manual perfeito para ninguém, mas essa é a única regra universal: escute seus profissionais.

Isso significa mais do que apenas chamá-los para conversar ou preencher um formulário com perguntas prontas sobre o dia a dia na empresa. Escutar, de verdade, significa dar espaço para que as pessoas sejam totalmente sinceras. E colaboradores não serão totalmente sinceros antes de terem garantias de que não serão rechaçados ou prejudicados por isso.

Construir um espaço de escuta ativa não é tão rápido. A maioria dos gestores nunca aprendeu a atuar dessa maneira e o histórico de cada profissional, antes de acabar na sua empresa, pode ser cheio de conflitos. Portanto, é seu trabalho fazer com que o seu ambiente seja diferente.

Ouvir cada profissional não significa aderir a todas as ideias que surgirem, mas respeitar todas, sim. Considerar, discutir, refletir e aprender, por que não? Assim, toda nova ação, política ou regra será construída em conjunto com aqueles a quem mais interessa manter o ambiente de trabalho agradável.

Assim, cria-se uma comunidade. As pessoas querem o melhor para si mesmas, e todos passamos boa parte das nossas vidas no trabalho. Ainda que alguns interesses sejam conflitantes, com bastante diálogo é possível criar um espaço que faça com que toda a equipe inicie as atividades, a cada dia, com um sorriso no rosto.

Daniela Gebara, sócia fundadora e diretora comercial da agência full digital Rocky.Monks, empresa da Media.Monks

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