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Federação destaca preocupações quanto a regulamentação da IA. Dubladores do Brasil abraçam causa semelhante.

Um dos acontecimentos mais marcantes do ano passado foi a greve dos atores (SAG-AFTRA) e roteiristas de Hollywood (WGA), que chegou ao fim quando a aliança dos produtores (AMPTP) ofereceu um contrato que respeitasse as condições exigidas pelos sindicatos, como lucros residuais de streaming e a regulamentação da inteligência artificial. Agora, a Federação Americana de Músicos (AFM) está prestes a realizar um novo contrato com a AMPTP com intuitos semelhantes aos seus predecessores.

Apesar das conversas entre os produtores e a federação terem começado nessa segunda-feira (22), o sindicato ainda planeja uma manifestação com membros na frente da sede da AMPTP.

“É a nossa vez de negociar um contrato justo e sustentável para nossos membros, assim como fizeram nossos colegas sindicatos WGA e SAG-AFTRA”, comentou o sindicato em comunicado oficial.

Os interesses dos membros da AFM incluem, além das já citadas participação nos lucros residuais e regulamentação da IA, melhorias salariais, benefícios de saúde e condições de trabalho aprimoradas. Caso ambas as partes não entrem em consenso e a greve aconteça, isso pode impactar diretamente eventos como o Oscars, previsto para o dia 10 de março, que teve sua lista de nomeações divulgadas hoje (23).

“A AFM está se preparando para este momento há algum tempo. Ao longo do último ano, a AFM Fair Share for Musicians se organizou internamente e realizou conversas com membros da unidade de negociação para garantir que este contrato reflita a diversidade de nossas necessidades e aspirações… Agora é a hora de nossa maior exibição de ação coletiva até agora”, compartilhou o sindicato.

Um representante da AMPTP disse à Fast Company que espera que as negociações com a Federação sejam produtivas, que possam chegar a um acordo que reconheça o valor que os músicos agregam à indústria.

 

Dubladores do Brasil, uni-vos

Os protestos no setor do entretenimento não se restringem somente a Hollywood, tendo em vista que os dubladores brasileiros estão organizando um movimento para pedir a regulamentação da inteligência artificial na produção de conteúdos, assim como os sindicatos americanos.

Por meio da campanha Dublagem Viva, os artistas de voz estão expressando suas preocupações acerca da tecnologia que replica vozes humanas.

“Nosso interesse não é proibir nenhuma evolução tecnológica, queremos apenas garantir que o que é apenas uma ferramenta de criação não passe a ser entendido como o nosso criador”, dizem os dubladores em comunicado.

Até o momento, a União de Artistas de Voz, que reúne dubladores em todo o mundo, já arrecadou mais de 50 mil assinaturas em uma petição para impedir que esses profissionais sejam substituídos por máquinas.

Confira o que o Guilherme Briggs, dublador do Superman, comentou sobre o caso:

 

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*Com informações da Fast Company

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