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Por muito tempo, o tema dos padrões de beleza ou a falta de representatividade em campanhas e em tudo que o que vemos, é bastante debatido, porém a grande questão é entender se isso está mudando. É comprovado que muitas pessoas ainda não se sentem representadas pela mídia, o que não é diferente para os creators.

A partir da quarta edição da pesquisa ‘Creators e Negócios’, realizada pela Brunch e YOUPIX,  que traz um mapeamento de quem são os creators no Brasil, Felippe Guerra, compartilhou seu ponto de vista. Guerra é publicitário e CEO da Brasis, hub de Conteúdo e Mídia, voltado a projetos de comunicação conectados ao Brasil real.

A pesquisa aponta que 66% dos influencers são brancos e 69% são mulheres. O grupo que se identifica como LGBTQIAPN+ corresponde a 31% e creators PCD são 6% entre os respondentes da pesquisa. Além disso, quase metade (49%) está no estado de São Paulo, sendo que a maioria (83%) vive em capitais ou regiões metropolitanas. Muitos creators de outras regiões relatam dificuldades em ingressar no mercado do Sudeste.

Considerando que o universo dos creators não vem sendo muito inclusivo, Felippe Guerra, acredita que além da representação racial, ainda falta muita representação do que é o Brasil.

 

“ Sem essa representatividade nos influencers, que como diz a palavra, influenciam as pessoas, os mais jovens não se enxergam e não se identificam “, ressalta Guerra.

 

A falta de diversidade reflete em todo o processo, principalmente em seu resultado, dependendo de como começar um projeto e por quem começar, nada irá mudar neste espaço, dificultando que a mensagem chegue para todos. Segundo o CEO da Brasis,  as marcas são gerenciadas por pessoas, que na maioria das vezes, contratam o que conhecem e o que veem. Por isso, se temos uma maioria branca nas marcas, automaticamente as contratações também seguirão esse desenho. 

 

” As pessoas que estão em locais de decisão, devem se permitir conhecer o novo, e dessa forma entender as possibilidades, investir e olhar de forma diferente, gerando até mesmo soluções mais criativas “, destaca Guerra.

 

Quem é Felippe Guerra? 

Guerra tem bastante experiência no mercado, já passou por trade comercial, onde trabalhou na Claro e Tim, também já passou pela área de Branding, onde buscava entender o padrão de marca e a importância de marca. Nesta fase, teve a oportunidade de trabalhar na PUMA, onde cuidava de todo merchandising e ativações. O executivo ganhou o seu primeiro leão em Cannes, quando trabalhou na adidas, cuidando das ativações da marca.

Em uma experiência, morando em Miami, o executivo entrou em uma fase empreendedora. Dessa forma, ele abriu uma consultoria para marcas brasileiras conseguirem entrar nos Estados Unidos. Além disso, exportava churros do Brasil para os Estados Unidos, criando sua própria marca. Ao retornar mais uma vez pro Brasil, ele chega com outro olhar.

 

“ Eu voltei com um olhar muito mais de propósito. Precisei morar nos Estados Unidos para virar um apaixonado real no Brasil “, disse Felippe Guerra.

 

Em 2018, ele redesenhou sua consultoria, com foco em ajudar a acelerar negócios de grupos sub-representados. Após isso, se tornou diretor de Marketing do Lab Fantasma, organização afro-empreendedora que nasceu com o propósito de transformar a realidade da sociedade, tendo a arte, a cultura e a música como instrumentos de combate às desigualdades, onde se envolveu mais com entretenimento e conteúdo.

Também foi um dos responsáveis  por criar o ‘Publicitários Negros’, que buscava ajudar jovens a entrar no mercado de trabalho, de grandes marcas e agências.

Em 2022, Brasis surge como uma frente de comunicação, entretenimento e mídia. Focado em como criar projetos audiovisuais para as marcas. Atualmente, Brasis se associa com a Pipoca, uma plataforma de Carnaval, que produz os maiores blocos de São Paulo, também com ativações no Rio de Janeiro, Salvador e Olinda. A partir disso, nasce a ‘Pipoca TV’, e a Brasis vem com toda a expertise na estruturação de canais de mídia e conteúdo. Neste ano, fizeram seis transmissões do Carnaval em três cidades diferentes e 13 coberturas no Kwai e YouTube.

 

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