‘FallOut’ é o nome da nova série da Amazon Prime Video que já está dando o que falar por aqui. O lugar escolhido pela marca para fazer a ativação foi o Soco District, um dos lugares mais icônicos de Austin. Cercado de lojas e restaurantes, o bairro é muito visitado por quem chega aqui pela primeira vez ou por quem já está acostumado a andar nesta calçada infinita. E quando a gente acha que conhece muito sobre experiência de marca, vem alguém e te desafia com bem pouca tecnologia e muito material humano. Eu chamo isso de heart activation.
Na fila concorrida, vemos uma espécie de portal que separa o mundo real de um universo conturbado e apocalípitico. Mas, antes de ingressar neste mundo, você precisa estar habilitado: o QR code é o seu novo passaporte para a diversão. O celular, a partir desse momento, vai dividir a sua vontade de filmar tudo com sua primeira missão: achar e escanear objetos perdidos pelo trajeto como se fosse um álbum de figurinhas. Daí, prepara: pessoas se trombando e correndo por todos os lados, revirando o cenário como numa gincana. É como comer amendoim japonês: basta o primeiro e você não sossega enquanto não terminar com todos.
Atores muito bem preparados encarnam os personagens da série dando uma química essencial. E não pense que eles seguem script. Se você os desafiar, eles interagem num nível que você é obrigado a acreditar que aquele momento está acontecendo, de verdade. A ativação (como a gente chama aqui no mundo real) percorre uma trilha muito bem organizada. Você é convidado a testar sua artilharia num canhão que lança latas, experimentar comidas e bebidas que só existem ali, fazendo com que você fique com o coração mais do que ativado.
A trilha inclui desafios que te colocam à prova, como conseguir laçar um animal ou ainda sentar numa cadeira de dentista. Tudo isso em troca de tampinhas de “Nuka Cola”. Isso mesmo. E sabe o que é mais impressionante? É o poder que uma simples tampinha passa a ter quando se descobre que elas são um score para a última ativação. Daí então, você vê gente revirando lixo e se esforçando para conseguir a performance no acúmulo de tampinhas.
Sorte minha foi presenciar o head de Marketing da Eurofarma, Diego Tognonato Pamplona, tentando convencer uma das atrizes a trocar os chicletes Valda que ele trazia na mochila por mais tampinhas. Prova de que em qualquer um dos mundos é possível hackear o sistema.
E quando uma ativação de marca consegue decodificar o nosso cérebro para o lado mais sensorial e primitivo, daí nós estamos zerando o counter do game e reforçando um território onde quem domina é o coração.
* Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do veículo | Fotos de capa: Marcelo Zampini
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