A Heineken Brasil acaba de lançar oficialmente a Spin, seu novo ecossistema de negócios de impacto. O anúncio ocorreu na última quarta-feira (26) em um evento memorável na roda gigante do Parque Villa-Lobos, a maior da América Latina. Sob o mote “Girando a favor do mundo”, a cervejaria simbolicamente fez a roda girar no sentido contrário, reforçando seu compromisso com um novo modelo de negócios onde impacto positivo e resultados financeiros caminham juntos. Ao final da tarde, a atração foi iluminada de verde.
“Foram anos de estudo e conversas para chegarmos ao ecossistema Spin, que hoje traduz nosso desejo de garantir que crescimento e impacto positivo avancem juntos. Com os primeiros aprendizados e resultados desse ecossistema, esperamos que novas empresas, ligadas direta ou indiretamente ao setor, possam se juntar a nós para inspirar soluções que sejam boas para os negócios e, principalmente, melhores para o mundo”, afirma Mauro Homem, Vice-presidente de Sustentabilidade e Assuntos Corporativos do Grupo Heineken.
Com um investimento inicial de R$ 150 milhões, Spin representa o maior avanço da Heineken Brasil em sua jornada ESG desde que chegou ao país em 2010. O ecossistema colaborativo tem como missão extrapolar a produção de cerveja para contribuir com a transformação e descarbonização da sua cadeia de valor. Para isso, conta com parcerias estratégicas com empresas e entidades como Ambipar, Better Drinks, CUFA, Raízen, Rizoma e Ultragaz, reconhecidas por suas práticas socioambientais exemplares.
“Diante de tantos eventos extremos, acreditamos que colaborar é o melhor caminho para a transformação que precisa acontecer no mundo dos negócios. A roda do capital pode continuar girando se formos capazes de dar um novo sentido para essa engrenagem. Nosso movimento mais ambicioso começa agora com Spin, que vai na contramão de modelos tradicionais de verticalização da cadeia”, completa Mauricio Giamellaro, CEO da Heineken Brasil.
A Spin possui quatro pilares de atuação definidos a partir da relevância de cada um na emergência climática que o mundo enfrenta, com modelos de negócio distintos, porém alinhados ao mesmo compromisso de gerar valor compartilhado. São eles:
- Agricultura regenerativa: em parceria com a Rizoma, a primeira fase desse modelo de negócio será em uma área de mais de 800 hectares na cidade de Itu (SP), onde as empresas vão produzir limão orgânico por meio da tecnologia oferecida pela própria natureza em sistema agroflorestal produtivo e de regeneração. Com essa solução, é possível sequestrar o carbono do ambiente, reforçar a resiliência hídrica da região e gerar pelo menos 100 novas posições de trabalho. Os frutos serão comercializados e o lucro será reinvestido na expansão do modelo de negócio para outras regiões do país;
- Circularidade do vidro: por meio de um novo sistema de circularidade desenvolvido em parceria com a Ambipar, a cervejaria pretende reciclar mais garrafas de vidro do que coloca no mercado atualmente. O ponto de partida do negócio é cobrir áreas onde o volume de embalagens é alto, mas a coleta de vidro quase inexistente, devido ao alto custo de logística reversa desse material. Serão construídos centros de recebimento, triagem e beneficiamento do vidro para que, ao final do processo, o resíduo seja reincorporado na cadeia vidreira, aumentando o percentual de conteúdo reciclado nas garrafas do grupo. Trata-se de um sistema fechado que garante a logística reversa e uma melhor remuneração para todos os elos dessa cadeia, incluindo os catadores de recicláveis, atores essenciais neste processo;
- Marcas de impacto: esse pilar reflete a ambição de aproximar e materializar a agenda socioambiental para os consumidores. Junto com a Better Drinks e a Escola de Negócios das Favelas da CUFA, Spin propõe um modelo inédito de sociedade com pequenos e médios empreendedores, em que o aporte financeiro tradicional é substituído pelo compartilhamento do que cada empresa tem de melhor. Do lado da cervejaria, por exemplo, estão o acesso à matéria-prima, à linha de produção e a um eficiente sistema de distribuição. Do lado dos parceiros, o desenvolvimento de marcas que carregam propósito e inovação na essência. Além de aprendizado mútuo, a parceria aumentará a capilaridade de mercado das marcas e os resultados serão revertidos entre as empresas;
- Transição energética: além de produzir cerveja com energia de fontes renováveis, o Grupo Heineken já possui uma das maiores plataformas de energia renovável do país, a Heineken Energia Verde, resultado da parceria com as distribuidoras Raízen e Ultragaz que, a partir de agora, também se integram à Spin. Sob o mesmo ecossistema, será possível ampliar o alcance do programa e de seus benefícios, como facilitação do acesso à energia limpa e redução do valor da conta de luz para bares, restaurantes e consumidores.

Maurício Giamellaro, CEO do Grupo Heineken, apresenta Spin. (Foto: Alexandre Virgilio)
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