A volta ao normal é o desejo de todo mundo, mas, ainda é um assunto delicado e imprevisível. Nos últimos dias, um dos assuntos mais comentados foi o avanço nas pesquisas sobre a vacinação contra o vírus da COVID-19, o que nos faz pensar no retorno a ‘vida normal’ em um futuro próximo.
Grandes eventos como shows, festivais, esportes ou qualquer sinônimo de grande público e arquibancada não serão uma grande cartada mesmo com todos os cuidados de prevenção. Mas até quando existirá este receio? Quando o público terá um grande evento?
Em uma entrevista para o podcast do jornalista Bob Lefsetz, também conhecido por diversas críticas sobre produções musicais, Marc Geiger, o convidado da programa e um dos fundadores de um dos maiores eventos musicais do mundo, o Lollapalooza, não criou muitas expectativas sobre um retorno e especulou a volta do Lolla somente para 2022.
Já foi anunciado que o evento não será realizado neste ano, nos Estados Unidos, porém, a comunicação oficial do festival divulgou que a edição deste ano será em formato de ‘lives shows’, ou seja, um evento on-line com diversas atrações inéditas e cenas jamais vistas desde os anos 90!
Já a edição brasileira, por enquanto, está confirmada e deve acontecer entre os dias 4, 5 e 6 dezembro deste ano, no Autódromo de Interlagos. Ainda não se sabe se a edição pode ser transformada em um evento virtual, mas por enquanto os amantes do universo Lolla podem se divertir em casa com algumas lives #LollaBRemCasa que já estão sendo feitas no canal do YouTube.
Durante a gravação do podcast, o fundador e o mediador puseram na mesa uma linha tênue entre entretenimento e sobrevivência. Geiger afirmou ser devastador e caótica essa situação para o setor, mas que não pode ser cogitada a ideia enquanto vidas estão em risco. De outro lado, a necessidade de atividade entre as empresas envolvidas em projetos como o festival musical também foi pauta, e sinceramente, o fundador não cria boas expectativas para o futuro. ‘Os próximos seis meses podem ser mais dolorosos que os últimos seis meses, e talvez os próximos seis meses depois sejam ainda mais’, conclui Marc Geiger.