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Mark Zuckerberg definitivamente não dorme em serviço. A Meta, empresa que detém o Facebook e Instagram, está trabalhando em um novo modelo de Inteligência Artificial, que tem como objetivo ser comparável ao mais avançado modelo da OpenAI. A nova ferramenta, prevista para ser lançada em 2024, de acordo com o Wall Street Journal, será mais potente que o sistema Llama 2, lançado pela empresa há apenas dois meses.

Os detalhes ainda podem mudar, mas a princípio, a nova IA vai auxiliar outras empresas a desenvolver serviços capazes de produzir textos e análises complexas. O projeto é liderado por um grupo formado no início deste ano pelo CEO da Meta, para desenvolver todo tipo de solução com IA generativa.

A iniciativa é parte dos esforços de Zuckerberg para posicionar a Meta como uma força relevante no mundo da inteligência artificial, em um momento em que a competição nesse segmento está cada vez maior, e envolve a construção de data centers especializados e a aquisição de chips H100s, da NVIDIA, usados especificamente para o treinamento de modelos avançados de IA.

A ideia é criar independência de fornecedores que também são concorrentes. O Llama 2 foi disponibilizado na plataforma de computação em nuvem Azure, da Microsoft, enquanto o novo projeto será inteiramente em infraestrutura da Meta. E ao contrário de modelos proprietários, o novo sistema será open source, permitindo que outras empresas desenvolvam ferramentas alimentadas por ele sem custos.

O projeto marca uma nova postura de Mark Zuckerberg, que planeja também estar presente em uma cúpula organizada pelo líder da maioria no Senado dos Estados Unidos, Chuck Schumer, para discutir o futuro da regulamentação em IA com outros executivos de tecnologia como Sam Altman, CEO da OpenAI, e Sundar Pichai, CEO da Google. Seu discurso é de que a abertura dos algoritmos será melhor para o desenvolvimento de um novo mercado.

Sem garantias

O modelo em desenvolvimento pela Meta não garante que a empresa fechará a lacuna com seus concorrentes. Enquanto a OpenAI lançou o GPT-4 em março, um modelo treinado em cerca de 1,5 trilhão de parâmetros, o Llama 2 da Meta foi treinado em 70 bilhões de parâmetros.

Especialistas em IA sugerem que há outras abordagens possíveis para alcançar o poder do GPT-4 sem necessariamente atingir seu tamanho. O modelo open source tem suas vantagens, mas também apresenta desafios legais e éticos, como o risco de desinformação e uso inadequado.

Segundo Sarah West, diretora administrativa do AI Now Institute, esse desenvolvimento ocorre em um momento em que grandes empresas estão cada vez mais controlando o avanço e a aplicação da tecnologia de IA, levantando questões sobre transparência, reutilização e extensibilidade.

* Com informações da Exame

 

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