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Eliane Munhoz

Eliane Munhoz, criadora do Blog de Hollywood, trabalhou em estúdios produtores de conteúdo como Sony, Paramount e Warner. Além do Blog, onde você fica sabendo tudo sobre os últimos lançamentos do cinema, séries de TV e streaming, premiações e red carpets, possui um quadro sobre o assunto na Manhã do Ronnie na Rede TV, e apresenta o Markket Cine no Canal Markket.

Confesso que não sou grande fã de comédias. Elas tem que ser MUITO engraçadas para arrancar um riso meu. Sou exigente mesmo. Entretanto, quando me deparo com algo que tem um humor singelo e inocente, como o das chanchadas da Atlântida, a coisa me conquista. Foi o caso da comédia brasileira O Porteiro, que estreia nesta semana nos cinemas.

O filme se baseia na peça de mesmo nome, que na verdade é um monólogo interativo, e que já foi vista por mais de 100 mil espectadores. Conta a história do porteiro Waldisney e um dia muito maluco que acontece em seu prédio. O diretor Paulo Fontenelle e o protagonista Alexandre Lino escreveram o roteiro, transformando os personagens que eram vividos pelo público no teatro em personagens vividos pelos atores. No filme, a história é contada em flashback. Waldisney (Lino), o porteiro atrapalhado, precisa provar para o delegado, interpretado por Maurício Manfrini (Paulinho Gogó), que não tem nada a ver com o assalto ocorrido no prédio onde trabalha. Isso porque ele foi acusado pelo síndico atual (Bruno Ferrari), que está sempre advertindo-o por se ausentar da portaria várias vezes ao dia para ajudar os moradores.

O que achei?

Como já disse, embarquei no humor inocente e mambembe de O Porteiro. E muito se deve ao talento de Alexandre Lino. Ele faz aquele tipo de personagem que fez história com Oscarito e Mazzaropi. O porteiro Waldisney é de boa índole, simpático e até um pouco atrapalhado. O resto do elenco está sensacional, mas sinceramente quem mais me fez rir foi Daniela Fontan, que faz a esposa invocada de Waldisney. Ela está ótima num papel que seria de Cacau Protásio, que contraiu Covid no início das filmagens, e houve uma mudança de papéis. Cacau também está divertidíssima como a faxineira. E é sensacional ver a veterana Suely Franco (que deve ter se divertido horrores) como a vizinha que gosta de orégano”, rsrs.

Homenagens , erros e acertos

O filme ainda faz várias homenagens. Mas, a mais legal é quando a personagem de Cacau se refere ao tempo que Dona Hermíniamorava no prédio. As filmagens de O Porteiroaconteceram no mesmo prédio que também foi cenário de Minha Mãe é uma Peça. Então, foi uma maneira de homenagear o ator Paulo Gustavo, que faleceu em 2021.  Mas, há algumas homenagens que não dão tão certo. O diretor Paulo Fontenelle resolveu usar uma estratégia de teatro de comédia, deixando espaços e silêncios entre as piadas, como se desse um tempo para as pessoas rirem. Em alguns momentos dá certo, mas em outros, como a visita de Waldisney, Aline e Rosivalda ao apartamento de Dona Alzira, a estratégia é tão repetitiva que fica cansativa.

Mas, há outros acertos. Um deles é a participação do lutador José Aldo como ele mesmo. Suas caras e bocas são hilárias. E o filme ainda traz uma surpresa. Será que alguém vai reconhecer a ex-paquita Andreia Veiga como uma das vizinhas na reunião de condomínio? Rsrs. No final, O Porteirotem um clima tão família que você vai embarcar nessa historinha boba, mas divertida. E que, aliás, tem toda a cara de que vai virar franquia…

A entrevista

Eu tive a oportunidade  de entrevistar o diretor Paulo Fontenelle e todo o elenco principal. Falamos sobre amizade, humor e destino. Foi muito legal! Assista na íntegra abaixo.

Para saber mais sobre filmes e séries, acesse o Blog de Hollywood. Confira também outras indicações de Eliane Munhoz especialmente para o Adnews.

* Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Adnews

 

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