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Eliane Munhoz

Eliane Munhoz, criadora do Blog de Hollywood, trabalhou em estúdios produtores de conteúdo como Sony, Paramount e Warner. Além do Blog, onde você fica sabendo tudo sobre os últimos lançamentos do cinema, séries de TV e streaming, premiações e red carpets, possui um quadro sobre o assunto na Manhã do Ronnie na Rede TV, e apresenta o Markket Cine no Canal Markket.

Ok, a gente já sabe faz tempo que O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder é a produção mais cara já feita para o streaming. E agora que a primeira temporada está disponível completa na Prime Vídeo, é possível dizer que a gente consegue ver  onde todo o dinheiro foi gasto. Para que você saiba, foi 1 bilhão de dólares para duas temporadas. A produção é sensacional, com um grande cuidado nos detalhes, além de uma grandiosidade pouco vista. Mas… sempre o “mas”, a série não me conquistou.

Começando pela história. Para quem é fã dos filmes de O Senhor dos Anéis, já aviso que a trama se passa milhares de anos antes da aventura de Frodo. Tem foco em um momento da história em que grandes poderes foram forjados, reinos ascenderam e também ruíram. Tudo ao mesmo tempo em que heróis foram testados e tiveram a esperança quase aniquilada pelo grande vilão do universo de Senhor dos Anéis. A série começa em um momento de paz, quando o elenco de novos e antigos personagens precisam enfrentar o ressurgimento do mal. E ele vem das profundezas mais escuras das Montanhas Sombrias. Os reinos e personagens irão esculpir legados que viverão por muito tempo depois que eles se forem.

O que achei?

Há personagens que estavam presentes nos filmes. É o caso, por exemplo de Galadriel, a elfa que foi feita por Cate Blanchett, e que  aqui é personificada por Morfydd Clark. E também há outros de quem a gente sempre ouviu falar como Sauron ou Isildur. Na verdade, uma grande intenção da série é que você reconheça locais, nomes, e, claro, anéis. Entretanto, apesar da vontade de amar dos fãs, e da fantástica produção, a série tem problemas. E isso, claro, começa com a história.

Os Anéis do Poder perde ao dividir. São muitos personagens que são apresentados ao mesmo tempo – e que acabam deixando você perdido. Tudo é superficial, desconectado. E claro, faz lembrar as quase 10 horas de filmes dirigidos por Peter Jackson com saudade. E isso fica ainda mais evidente ao perceber que a personagem principal, Galadriel, é tão insuportável, chata mesmo. Quando é impossível gostar da heroína, o conteúdo tem problemas. A personagem mais interessante acaba sendo a pé-peluda Nori, antepassada clara de Frodo.

O final da temporada ainda salvou a situação. Tem revelações interessantes, e um momento importante envolvendo os anéis. Mas isso não é suficiente para virar fã. Confesso que foi difícil passar do primeiro episódio.  Os Anéis do Poder ainda teve o problema de ser lançado ao mesmo tempo que outra série derivada épica, A casa do Dragão (HBO Max). Essa sim, envolve, choca, e dá continuidade com louvor ao original (no caso, Game of Thrones). Infelizmente, ficou para a segunda temporada de Os Anéis do Poder resolver os problemas da história.

Eliane Munhoz

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