Se tem um tema que está movimentando o mercado, é comunidade. E não é pra menos: as marcas que conseguem criar espaços de conexão genuína, seja online ou offline, deixam de ser só marcas. Elas viram catalisadoras de conversas, de criatividade e de mudança cultural. Mas aqui vai o aviso: construir ou entrar em uma comunidade não é sobre protagonismo barato. É sobre respeito, autenticidade e, principalmente, comprometimento.
Se sua marca está pensando em criar uma comunidade, entenda: não é uma campanha de três meses. É um investimento de longo prazo que precisa estar alinhado com a essência do seu negócio. E se você quer entrar em uma já existente, esteja preparado para ouvir muito mais do que falar. Comunidades não são espaços transacionais. Elas sabem quando você está ali para somar e quando só quer tirar proveito.
Então, como fazer isso direito? Aqui vão as regras básicas para navegar neste território:
1) Escute antes de agir: em uma comunidade, você não chega invadindo o palco. É preciso entender quais são os valores, os debates e as prioridades do grupo. Escuta ativa é tudo.
2) Traga algo que agregue: seja conteúdo útil, ferramentas práticas ou apoio genuíno às causas que importam, sua presença precisa ser relevante. Não se trata de vender, mas contribuir. Co-crie, colabore e, acima de tudo, tenha empatia.
3) Seja transparente: diga o que você está fazendo ali e qual o seu objetivo. Forçar a barra ou agir com segundas intenções é pedir para ser excluído.
4) Conecte-se com as vozes certas: os criadores e líderes da comunidade são quem realmente entendem o tom e o ritmo do grupo. Respeite e colabore com eles.
5) Esteja presente de verdade: comunidade não é post único nem campanha relâmpago. É construção de uma relação contínua e autêntica.
Estamos todos buscando conexões mais genuínas e um senso de pertencimento. E isso transforma o papel do marketing de influência. Não basta produzir conteúdo para multidões. A mágica acontece quando criamos espaços onde as pessoas se sentem vistas, ouvidas e conectadas.
Comunidades têm esse poder transformador: elas mudam seguidores passivos em participantes ativos, gerando confiança e lealdade – verdadeiro ouro para as marcas.
Para os profissionais de marketing, isso significa uma mudança radical de estratégia. Não dá mais para focar só em alcance. É preciso investir na criação e no cuidado de microecossistemas, onde o valor é construído de forma autêntica e compartilhada. O sucesso, agora, está em colaborar, ser verdadeiro e capacitar influenciadores a criar esses espaços que ressoam profundamente com suas audiências.
O esforço compensa. Além de fortalecer sua marca, você vai colher insights, engajamento genuíno e, claro, zero party-data. No fim, a pergunta é simples: sua marca está pronta pra fazer parte de algo maior?
Por Isabella Mulholland, CSO da SUBA
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