NVIDIA destaca papel da soberania digital

O avanço da inteligência artificial (IA) como ferramenta estratégica para o desenvolvimento econômico e tecnológico global tem esbarrado em um recurso escasso: o poder computacional. Segundo a NVIDIA, empresa que…

Adnews

25.06.2025

NVIDIA destaca papel da soberania digital

O avanço da inteligência artificial (IA) como ferramenta estratégica para o desenvolvimento econômico e tecnológico global tem esbarrado em um recurso escasso: o poder computacional. Segundo a NVIDIA, empresa que atua na liderança do setor, garantir soberania digital por meio de investimentos em infraestrutura local é essencial para que os países não dependam de potências estrangeiras.

Estudo recente da Universidade de Oxford revela que apenas 32 países dispõem de grandes data centers capazes de atender à demanda atual de projetos em IA. Do total de data centers no mundo, 90% estão concentrados nos Estados Unidos e na China.

Para Marcio Aguiar, diretor da divisão Enterprise da NVIDIA para a América Latina, essa concentração coloca em risco a autonomia tecnológica de diversas regiões. “Essa é uma questão de recursos, tal qual seria com a energia, os minérios ou mesmo a água de um país. Quem detiver o poder computacional ditará algumas questões importantes como: em que línguas e culturas as IAs são treinadas, quanto poder computacional é liberado para o uso de qual local, onde as pesquisas e inovações são mais facilmente desenvolvidas e testadas e, acima de tudo, a quais legislações e alinhamentos comerciais e políticos cada IA está submetida”, afirma.

O Brasil, que possui um Plano Nacional de Inteligência Artificial com previsão de investimentos de R$ 20 bilhões até 2030, segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, é apontado como um potencial polo regional. “O Brasil é rico em recursos energéticos renováveis e limpos e possui um território que lhe proporciona vantagem geográfica. Esse é o momento de utilizar isso para desenvolver grandes data centers que dependem apenas de energia e espaço local”, diz Aguiar.

A América Latina já conta com iniciativas em curso. O México, por sua localização estratégica, tem atraído investimentos em infraestrutura computacional. O Chile, com matriz energética renovável e estabilidade regulatória, se apresenta como um hub para operações de IA no Cone Sul.

Aguiar destaca que a construção de soberania digital também depende de políticas públicas e de articulações internacionais. “Estamos há meses em diálogos constantes com governos locais e externos, buscando melhorar políticas que nos permitam comercializar nossas soluções de forma mais eficiente com todos os países. Restrições já não são parte da realidade ideal de evolução e desenvolvimento da economia global”, afirma.

A região abriga um ecossistema crescente de empresas e pesquisadores em IA, mas ainda precisa acelerar investimentos. “A América Latina possui IAs generativas poderosas próprias, como o Amazônia IA, da Widelabs, treinada em português. Mas é preciso apoio governamental urgente para garantir que o poder computacional também venha da região, que os centros universitários estejam capacitando profissionais de última geração. É um investimento sistêmico, mas que representa a única maneira de colocar nossa região no mapa da IA de uma vez por todas”, conclui Aguiar.

A empresa defende que a inclusão digital e a pluralidade cultural na IA dependem da descentralização do poder computacional. “A IA precisa vir de mais lugares para existir para mais lugares – é uma questão cultural, científica, política e social. Não estamos mais falando de tecnologia. A IA é uma ferramenta que pode estar em vários contextos. Estamos falando sobre o controle do futuro das nações, gerando inovação, produzindo conhecimento, moldando e melhorando o futuro de formas variadas, plurais, ao redor de todo o mundo”, finaliza o executivo.

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