A premiada versão americana da série The Office pode ganhar um reboot. De acordo com fontes, o anúncio oficial da nova série de Greg Daniels, mesmo criador da versão original, seria feito após o fim da greve dos roteiristas de Hollywood. Essa notícia pode deixar os fãs um tanto confusos, já que o próprio Daniels havia comentado anteriormente sobre a possibilidade de expandir o universo da série, em vez de reiniciá-la.
A série, que teve nove temporadas, durou de 2005 a 2013 e desenvolveu diversos personagens por meio do carisma do elenco original, da simplicidade e, principalmente, se aproveitando de um humor sarcástico e autodepreciativo com maestria. Nomes como Pam Beesly (Jenna Fischer), Jim Halpert (John Krasinski), Dwight Schrute (Rainn Wilson) e, é claro, Michael Scott (Steve Carell) estão guardados no imaginário dos amantes de sitcoms (como eu sou, e a equipe do Adnews também!) com muito apreço, já que o que tornava a série tão boa era a forma como esses atores se relacionavam, levantando uma questão: “a série precisa de um reboot?”.
Não é de hoje que Hollywood refaz produtos “antigos” de sucesso para um público mais atual, como em ‘Homem-Aranha De Volta Ao Lar’ (2017) e ‘As Panteras’ (2019), mas há casos em que não existe uma necessidade aparente, ou até mesmo um clamor do público, para refazer uma série ou um filme por completo.
Com The Office, o movimento é semelhante. A sitcom continua atraindo diversas pessoas até os dias atuais, se mantendo como uma das séries mais relevantes dos últimos tempos, mesmo dez anos após o seu encerramento. Não é a toa que, diariamente, memes como “No, God. Please, no!” (do inglês, que significa “Não, pelo amor de Deus, não”) e “That’s what she said” (em tradução livre, “Isso foi o que ela disse”) são compartilhados em páginas nas redes sociais. Porém, uma rápida e simples análise do quadro geral do entretenimento já indica as principais razões para os reboots atualmente, como a vontade de lucrar em cima da nostalgia do público em detrimento de ideias novas.
Pode ser somente o lado “fanboy” falando mais alto, porém, refazer uma série que ainda impacta tanto a sociedade se apresenta mais como uma ideia financeira do que uma verdadeira inspiração criativa. Apesar disso, há muitas possibilidades para que essa nova versão da vida de escritório na Dunder Mifflin seja bem sucedida, principalmente se o público estiver aberto a novas propostas.
A série foi concebida antes do grande “boom” de tecnologia dos últimos tempos, quando aparelhos como Fax e Pager ainda eram comuns. Apesar dessa característica conferir um certo charme para a série original, a possibilidade de ver como seria uma dinâmica de escritório atualmente, com o auge das redes socais e smartphones, seria algo interessante (Michael claramente faria um perfil da empresa no TikTok). Em paralelo a isso, a possibilidade de trazer ainda mais pautas sociais, algo que a série tratou magicamente em um momento em que isso não era comum, é mais uma vertente que está em alta e essa nova versão pode apresentar.
Outro fator que pode oferecer um produto de qualidade é o possível retorno do criador da série. Agora, basta saber se a equipe e elenco original voltariam como produtores para essa nova aposta, já que isso acalmaria um pouco mais o coração dos fãs mais hardcore de The Office (já deixei claro que faço parte desse grupo? *risos*), que estão preocupados nas redes sociais.
Apesar das reações positivas de uma parte dos internautas, as informações sobre um reboot foram despistadas por Daniels. Entretanto, ele demonstrou interesse em expandir o universo da série da mesma forma que “The Mandalorian é uma extensão de Star Wars”. É importante mencionar que uma série derivada, focada em Dwight, intitulada ‘The Farm’, chegou a ter um episódio piloto produzido, mas acabou sendo cancelada.
O que resta ao público é aguardar e torcer para que, caso uma nova série do universo The Office seja confirmada, seja bem-feita (foi o que ela disse).
Todas as temporadas de The Office (US) estão disponíveis na Netflix, HBO MAX e Amazon Prime Video.
* Com supervisão de Jéssica Bitencourt
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