A maior criptomoeda do mundo em valor de mercado, Bitcoin, agora caiu 50% desde seu pico em novembro do ano passado. A queda no valor dos ativos digitais ocorre quando os mercados de ações em todo o mundo também caíram nos últimos dias.
Na segunda-feira, alguns mercados asiáticos caíram novamente com o índice Nikkei de referência do Japão caindo cerca de 2,5%. O Bitcoin representa cerca de um terço do mercado de criptomoedas com um valor total de cerca de US$ 640 bilhões. O Ethereum, a segunda maior criptomoeda do mundo, também caiu em valor, mais de 10% na última semana.
Embora grande parte de 2022 tenha sido relativamente tranquila para o mercado de criptomoedas, o comércio volátil de ativos digitais não foi tão incomum nos anos anteriores.
A negociação foi dominada durante anos por investidores individuais, mas, mais recentemente, o mercado viu um afluxo de investidores profissionais, como fundos de hedge e gestores de dinheiro. Com investidores mais tradicionais negociando ativos digitais, as criptomoedas seguem cada vez mais os movimentos dos mercados de ações globais.
Muitos dos investidores institucionais que compram criptomoedas as tratam como ativos de risco, semelhantes às ações de tecnologia. Em tempos de incerteza de mercado, os investidores tradicionais geralmente vendem o que consideram ativos mais arriscados e transferem seu dinheiro para investimentos mais seguros.
Na semana passada, bancos centrais de todo o mundo, incluindo EUA, Reino Unido e Austrália, aumentaram as taxas de juros enquanto tentavam combater o aumento dos preços. O Federal Reserve dos EUA elevou sua principal taxa de empréstimo em meio ponto percentual, marcando seu maior aumento de taxa em mais de 20 anos. Isso gerou mais preocupações entre alguns investidores de que a inflação e o custo mais alto dos empréstimos poderiam ter um grande impacto no crescimento econômico global.
Os investidores também estão preocupados com o impacto da guerra na Ucrânia na economia mundial. Enquanto isso, no ano passado, o Bitcoin se tornou moeda legal em dois países – El Salvador e a República Centro-Africana. Desde que El Salvador disse que permitiria que os consumidores usassem a criptomoeda em todas as transações, juntamente com o dólar americano, o Fundo Monetário Internacional pediu para reverter sua decisão.
Matéria traduzida de BBC News.
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