O marketing de influência no Brasil continua em ascensão, e a nova pesquisa realizada pelo Opinion Box em parceria com a Influency.me trouxe insights inéditos sobre o comportamento dos seguidores, o impacto nas decisões de compra e os nomes mais marcantes nas redes sociais em 2024. O estudo entrevistou mais de 2 mil internautas e apresenta dados reveladores sobre o poder dos influenciadores digitais no país.
80% dos brasileiros seguem influenciadores
A pesquisa destaca que 80% dos internautas brasileiros seguem influenciadores nas redes sociais. O público mais jovem, de 16 a 29 anos, é o mais engajado, com 89% seguindo criadores de conteúdo. O Instagram se consolida como a plataforma preferida para acompanhar influenciadores, sendo usado por 91% dos entrevistados, seguido pelo YouTube (54%) e TikTok (28%).
Por que seguimos e deixamos de seguir influenciadores?
Os principais fatores que levam alguém a seguir um influenciador são:
- Relevância do conteúdo (65%)
- Carisma e simpatia (46%)
- Conhecimento no assunto (44%)
Por outro lado, os motivos que afastam seguidores incluem:
- Queda na qualidade do conteúdo (56%)
- Opiniões divergentes (44%)
- Excesso de propagandas (36%)
Influência direta nas compras
O impacto dos influenciadores na decisão de compra é significativo:
- 69% dos brasileiros já compraram produtos recomendados por influenciadores.
- As categorias mais impactadas incluem cosméticos (45%), roupas (40%) e maquiagem (33%).
- 75% dos consumidores indicaram que voltariam a comprar por influência, destacando a fidelização gerada por esses criadores de conteúdo.
Os influenciadores mais lembrados
O estudo revelou os influenciadores mais lembrados no Brasil, tanto no geral quanto em categorias específicas. Confira os destaques:
Top 5 Geral
- Mulheres: Virgínia Fonseca (18,4%), Nathalia Arcuri (5,4%), Anitta (2%), Bianca Andrade (1,9%), Jade Picon (1,1%).
- Homens: Carlinhos Maia (7,8%), Whindersson Nunes (6,5%), Pablo Marçal (5,6%), Felipe Neto (3,9%), Thiago Nigro (2%).
Influenciadores por categorias
Viagens e Turismo
- Estevam pelo Mundo
- Caio Travels
- Rodrigo Ruas
- Tales Toledo
- Ju Alvarenga e Esmeralda Alvarenga
Saúde e Fitness
- Renato Cariani
- Carol Borba
- Gracyanne Barbosa
- Bella Falconi
- Paulo Muzy
Finanças
- Thiago Nigro (Primo Rico)
- Nathalia Arcuri
- Eduardo Feldberg (Primo Pobre)
- Nath Finanças
- Bruno Perini
Gastronomia e Receitas
- Rita Lobo
- Edu Guedes
- Ana Maria Braga
- Paola Carosella
- Arthur Paek
Humor
- Whindersson Nunes
- Carlinhos Maia
- Tirulipa
- Afonso Padilha
- Renato Albani
Empreendedorismo e Negócios
- Pablo Marçal
- Thiago Nigro
- Nathalia Arcuri
- Camila Farani
- Flávio Augusto
Maquiagem e Estética
- Bianca Andrade
- Virgínia Fonseca
- Mari Maria
- Bruna Tavares
- Karen Bachini
Tecnologia
- Thiago Augusto (Jornada Top)
- Gabriel Granjeiro
- Verena Paccola
- Barone
- Jersu
Educação
- Mário Sérgio Cortella
- Rafaela Lima
- Débora Aladim
- Bruno Piva
- Gil do Vigor
Moda
- Virgínia Fonseca
- Malu Borges
- Camila Coutinho
- Silvia Braz
- Thássia Naves
Tendências e desafios do marketing de influência
Apesar de seu impacto, o marketing de influência enfrenta desafios. 62% dos brasileiros acreditam que há “influenciadores demais”, enquanto 54% deixaram de seguir perfis por excesso de publicidade. Além disso, 45% dos entrevistados consideram a vida mostrada pelos influenciadores “geralmente falsa”.
Por outro lado, a autenticidade segue como um diferencial importante: 45% dos internautas afirmam gostar de seguir influenciadores que se parecem com eles, reforçando a necessidade de conexões genuínas.
Com um público cada vez mais exigente, influenciadores que equilibram relevância, carisma e autenticidade têm mais chances de se destacar em um mercado saturado. A pesquisa deixa claro que o marketing de influência continuará moldando tendências e comportamentos, mas exigirá estratégias mais refinadas e personalizadas para engajar o público.
Para Rodrigo Azevedo, CEO da Influency.me, nesse mercado competitivo, conteúdos improvisados vão perdendo espaço. “Crianças não têm mais o sonho de se tornarem astronautas, mas querem ser influenciadoras. É um mercado cada vez mais concorrido e, para se manter em alta, é preciso se diferenciar. Conteúdos improvisados e com recursos limitados já tiveram seu apogeu nos anos 2010. Agora, é a vez da hiperprofissionalização, de conteúdos roteirizados e com planejamento”, confirma Rodrigo Azevedo, CEO da Influency.me.
Já o formato de conteúdo preferido pela audiência são vídeos de média duração (entre 1 e 3 minutos), de acordo com a maior parte dos respondentes da pesquisa. “Diferenciar-se dos demais em um mercado cada vez mais competitivo é um grande desafio. Influenciadores que se tornam referência em seu nicho, com conteúdos de alta qualidade, estão ganhando cada vez mais espaço”, explica o CEO da Influency.me.