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Além da Twitch, as outras empresas da Amazon, Prime Video e MGM, também planejam demitir funcionários.

Amazon está planejando demissões significativas na plataformas de streaming Twitch. Está prevista a demissão de 500 funcionários, cerca de 35% da força de trabalho total da plataforma. O anúncio veio na mesma semana em que o Google confirmou que vai demitir até 30 mil colaboradores.

Apesar de já ter realizado um corte de custos buscando maior eficiência, o CEO da Twitch, Dan Clancy, comentou que, atualmente, a plataforma é maior do que o necessário.

“Como todos vocês sabem, trabalhamos muito no último ano para administrar nosso negócio da maneira mais sustentável possível. Infelizmente, ainda temos trabalho a fazer para dimensionar adequadamente nossa empresa, e lamento ter que compartilhar que estamos tomando a dolorosa decisão de reduzir nosso quadro de funcionários em pouco mais de 500 pessoas em toda a Twitch”, escreveu Clancy em um e-mail aos funcionários.

O comunicado interno também cita que as demissões vão atingir as outras empresas subsidiárias da Amazon, como a plataforma de streaming Prime Video e os estúdios MGM.

“Identificamos oportunidades para reduzir ou interromper investimentos em certas áreas, ao mesmo tempo em que aumentamos nosso investimento e foco em iniciativas de conteúdo e produto que entregam o maior impacto”, disse o vice-presidente sênior da Prime Video e Amazon MGM Studios, Mike Hopkins, aos trabalhadores da empresa.

 

Crise financeira ou descaso?

A notícia pode ser surpreendente, mas há não muito tempo a Amazon fez algo semelhante em uma escala ainda maior. No ano passado, a empresa cortou mais de 27 mil empregos durante uma onda de demissões que ocorreu no ramo tecnológico dos Estados Unidos, que incluiu empresas como o Google, o Facebook (Meta) e a Microsoft. No total, as quatro empresas demitiram aproximadamente 60 mil funcionários, indo no contrafluxo das contratações que ocorreram no período da pandemia.

Apesar do cenário geral para as empresas no ano passado ter sido um justificativa plausível no momento, os motivos fornecidos pelos executivos da Amazon sobre as demissões desta semana entram em conflito com os resultados e novos investimentos da gigante da tecnologia. No ano passado, a empresa lucrou US$ 9,9 bilhões entre julho e setembro. Além disso, ela vem amplamente investindo no ramo de mídia, como pode ser visto pelo acordo de US$ 8,5 bilhões pela MGM e o orçamento de aproximadamente US$ 465 milhões para produzir somente a primeira temporada de “O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder” em 2022.

 

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