O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão responsável pela garantia da concorrência livre e justa no Brasil, aprovou a aquisição do Playcenter pela rede de chocolates Cacau Show.
A empresa explicou a decisão, alegando que planeja expandir sua área de atuação para outros mercados em que ainda não está presente.
“Durante os nossos primeiros 35 anos de história, o cacau e o chocolate sempre estiveram presentes em nossa marca. Agora, e nos próximos anos, chegou o momento de enfatizarmos ainda mais o nosso ‘show’, que vai além do nosso produto”, disse Alê Costa, fundador da Cacau Show.
A aprovação veio quase dois meses após a compra, concluída no dia 20 de fevereiro, anunciada por Alexandre Costa e pelo fundador do Grupo Playcenter, Marcelo Gutglas, durante um evento na Playland do Shopping Eldorado.
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Na época, muito foi especulado sobre quais seriam os primeiros passos da Cacau Show com a nova marca, mas até o momento da publicação desta matéria, a empresa ainda não revelou o que planeja.
Ao que tudo indica, a ideia inicial é que a rede de chocolates faça ativações e administre a parte de alimentação das Playlands, reformulação do Playcenter para shopping centers, e do Playcenter Family.
Após a compra da fábrica da Chocolates Pan, surgiram mais rumores apontando que a Cacau Show estava planejando construir um grande parque temático no local. As especulações de uma possível construção ganharam ainda mais relevância quando a Câmara de Vereadores de Itu divulgou que a marca construirá um parque na cidade, localizada no interior de São Paulo, com o orçamento de R$ 2 bilhões. O projeto será feito entre os quilômetros 78 e 84,3 da Rodovia Castello Branco, se tornando o maior da parque da América Latina.
Os investimentos da Cacau Show no ramo de parques de diversões neste ano pode ser surpresa para alguns, mas já é algo que a ela tem feito desde o ano passado. Em outubro de 2023, a loja construiu um parque no pátio da fábrica de Itapevi, em São Paulo. O espaço contou com uma montanha-russa, que foi montada em oito dias, um carrossel e um trem-cinema. Somente no primeiro final de semana de funcionamento, o parque atraiu 4 mil pessoas.
O auge e a queda do Playcenter
O famoso e um dos primeiros parques de São Paulo foi inaugurado em 1973, seguindo os moldes estabelecidos nos Estados Unidos e Europa.
Criado pelo engenheiro Marcelo Gutglas, que trouxe o conceito de fliperama para o Brasil no fim dos anos 60’, o Playcenter era inicialmente feito com atrações simples que foram incrementadas ao longo dos anos, como a “Montanha Encantada”, “La Bamba”, “Maria Fumaça”, “Colossus”, o “Castelo Mal Assombrado” as mais populares, a “Monga” e a “Noite do Terror”.
Apesar de ter sido o epicentro do entretenimento durante a década de 80, o parque encarou uma crise envolvendo por conta de um acidente em um dos brinquedos em 1995, o que levou o fundador a vender parte das ações para a GP Investimentos, criadora do Hopi Hari.
Anos mais tarde, mais precisamente em 2002, Gutglas assumiu o controle do parque novamente, iniciando uma grande reforma em 2005. Porém, os acidentes de 2010 e 2011 e o crescimento da área urbana na região selaram o fim do Playcenter, que foi retornar somente com as Playlands, com diversas unidades espalhadas por cidades como São Paulo, Osasco, Santo André e Salvador.
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