Anúncio gerado por IA é exibido nas finais da NBA
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Adnews
20.06.2025
Por Mario Marchetti*
Imagine abrir seu telefone e assistir a um vídeo do seu CEO dizendo algo que ele nunca diria. Mesma cara. Mesma voz. Mesma maneira de falar. Mas não é ele.
Não, não estamos em uma série de televisão, é a realidade que vivemos em 2025.
E sim, a IA pode imitar tudo: seu tom de voz, sua imagem e até mesmo sua marca. A questão não é mais se isso pode nos afetar. A questão é quando. Não gostaria de soar alarmista, mas realista.
Há alguns anos, a segurança cibernética era um problema de responsabilidade exclusiva da equipe de TI das empresas. Hoje, é um tema que deve estar em reuniões de criatividade e brainstorms de estratégia. Por quê? Porque a reputação também é hackeada.
Os deepfakes não são mais apenas uma ferramenta para fazer as pessoas rirem (ou para criar pânico nas redes sociais). Agora eles são potencialmente prejudiciais. O mesmo acontece com bots maliciosos que respondem como se fizessem parte de sua equipe. Contas falsas se passando por sua marca. Conteúdo manipulado que circula mais rápido que a verdade.
E no mundo das agências e do marketing, onde cada campanha é uma conversa aberta, a confiança do público é o verdadeiro ativo.
Podemos ter firewalls, autenticação de dois fatores e protocolos internos. Mas se não tivermos um plano de resposta criativo a uma crise de identidade digital, estaremos incompletos.
E se amanhã aparecer um vídeo onde “sua marca” discrimina, ataca, desinforma ou simplesmente dá a mensagem errada?
Quem responde?
Quem verifica?
Com que tom de voz?
Em qual canal?
Com que rapidez?
Poderia parecer um exagero futurista, não acha? Embora eu considere que é o novo Brief que nenhuma agência pode ignorar.
Você já ouviu falar sobre segurança cibernética criativa? Porque sim: a criatividade também deve ser protegida. Hoje, precisamos de campanhas que não apenas conectem, mas também protejam. Precisamos trabalhar em estratégias de conteúdo com DNA verificável, ou seja, que reflita fielmente a essência e os valores da sua marca, em identidades digitais autênticas, em respostas humanas que recuperem a narrativa quando alguém quiser roubá-la.
Precisamos de marcas com voz própria… e com a capacidade de provar que é deles.
E isso começa de dentro: com equipes conscientes, com agências que entendem a dimensão ética de cada peça, com uma vigilância ativa que não apenas pergunta “isso vai se tornar viral?”, mas também “isso pode ser manipulado?”
Acho que não, mas é criatividade responsável. Aquele que ele prevê. Aquele que protege. Aquele que reage.
Estamos em uma nova frequência, onde não basta emocionar, apaixonar ou cativar o cliente. Você também tem que proteger o que causa a emoção.
E aqui na Frequência Beta, acreditamos que esse não é um desafio técnico. É um desafio narrativo. É um desafio de branding. E, acima de tudo, é um desafio de liderança ou o que você acha?
Ainda estamos em beta.
*Mario Marchetti possui atuação de mais de 25 anos no setor de tecnologia na América Latina, conta com trajetória profissional em posições de liderança em empresas como Oracle, SAP e Atento. Sua experiência na região abrange liderança estratégica, desenvolvimento de equipes de alto desempenho, implementação de soluções inovadoras e transformação digital. Graduado em engenharia civil com especializações no Brasil, EUA e Europa. Atualmente ocupa a posição de Diretor Geral da América Latina na Sinch
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