Na última semana mostramos aqui como o setor musical se adaptou aos últimos meses de pandemia que vivemos, e como o Sesc São Paulo e a produtora WT1 apoiaram esses artistas produzindo shows em transmissão ao vivo, uma melhor do que a outra. No entanto, não é só na música que a instituição mandou muito bem.
O Sesc e a WT1 readaptaram toda sua forma de produção cultural e eventos, inclusive os espetáculos teatrais. Sem a possibilidade de encontrar o público fisicamente, o teatro é um dos setores da arte que mais sofrem com a pandemia. Os artistas independentes tiveram que se reinventar neste período longe dos palcos.
Pensando nisso, o Sesc utilizou o auxílio da tecnologia para criar e disponibilizar para o público, gratuitamente, espetáculos dentro das casas dos próprios artistas e transmitidos por meio do projeto #EmCasaComSesc no YouTube. Listamos para você as melhores lives teatrais, confira:
Irene Ravache em “Alma Despejada”
Com o texto escrito por Andréa Bassit, a atriz interpretou Teresa, uma professora de classe média, volta depois de morta para onde viveu depois após ter sua alma despejada com a venda do imóvel.
Matheus Nachtergaele em “Desconscerto”
Em uma adaptação do espetáculo “Processo de Conscerto do Desejo”, Matheus traz para esse espetáculo um formato intimista, intitulado “Desconscerto”. O monólogo nasce de textos da poeta Maria Cecília Nachtergaele, mãe do ator, que faleceu quando ele era um bebê de três meses. Da mãe, restaram os poemas lindos e maduros, que ele guardou como a única herança dela.
Celso Frateschi em “Diana”
O monólogo Diana, escrito e interpretado por Celso Frateschi, conta a história de um professor desiludido com as relações humanas, que passa a se comunicar apenas com objetos. É dessa forma que ele se apaixona pela mulher da escultura “Depois do Banho”, do italiano Victor Brecheret, instalada no largo do Arouche, a quem ele batiza de Diana.
Georgette Fadel em “Terror e Miséria no Terceiro Milênio”
Georgette Fadel trouxe nessa live uma reflexão cênica sobre os tempos atuais, em um monólogo interpretativo, inspirado no texto de Bertold Brecht, com direção, dramaturgia e adaptação de Claudia Schapira.
Hilton Cobra em “Traga-me a cabeça de Lima Barreto!”
Escrita pelo diretor e dramaturgo Luiz Marfuz para comemorar os 40 anos de carreira do ator Hilton Cobra, a peça tem início após a morte do escritor Lima Barreto (1881-1922) e parte de uma imaginária sessão de autópsia na cabeça do autor de “O Triste Fim de Policarpo Quaresma”, conduzida por médicos eugenistas, defensores da higienização racial no Brasil, na década de 1930.
Mariana Lima em “SIM – Cérebro|Coração em Conferência para Terra”
A atriz e produtora Mariana Lima encena o monólogo de sua autoria em uma versão gravada durante a pandemia, num contexto de “isolamento parcial, convulsão pessoal e social”, conforme descrição da atriz que também protagoniza o espetáculo-solo.
Debora Lamm em “Mata Teu Pai”
“Mata Teu Pai”, da dramaturga Grace Passô, e encenado por Debora Lamm, interpreta Medeia. A peça volta ao mito da feiticeira grega, trazendo-o aos dias atuais para discutir a condição da mulher na sociedade contemporânea.
Bete Coelho em “Mãe Coragem”
Bete Coelho apresentou uma versão adaptada do consagrado espetáculo “Mãe Coragem”, do dramaturgo alemão Bertolt Brecht. Em um monólogo denso e poderoso, o texto discute a atemporalidade do fascismo e suas formas de instauração e manutenção.
Caco Ciocler em “Medusa”
“Medusa”, solo protagonizado pelo ator Caco Ciocler, retrata a tentativa desesperada de um homem de meditar em meio ao caos urbano. Ao tentar esvaziar a mente, a questão sobre o sentido na vida se coloca em seu caminho. A peça oferece uma reflexão, ora cômica, ora dramática, a respeito do homem contemporâneo e sua existência num mundo em aceleração.
Sérgio Mamberti em “Plínio Marcos, Um Homem do Caminho”
Nessa peça o ator, diretor, produtor, autor, artista plástico e político brasileiro, Sérgio Duarte Mamberti, encenou um recorte de obras de Plínio, procurando evidenciar e dar amplitude à obra do pensador e dramaturgo. A direção é de Ricardo Grasson, com assistência de Heitor Garcia.
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