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Nesta quinta-feira (7), representantes da candidatura do Brasil à sede da Copa do Mundo Feminina de 2027 marcarão presença em Zurique, na Suíça, na sede da FIFA, para entregar o caderno com as propostas do país para o evento, o ‘Bid Book’. A decisão será revelada no dia 8 de maio de 2024 em um Congresso da entidade, na Tailândia.

A delegação brasileira será composta por Valesca Araújo, responsável pelo planejamento de infraestrutura e operações do evento; Manuela Biz, consultora de comunicação; e Luiza Iglesias, diretora de arte e criadora da marca e identidade visual da campanha.

“Pelas mãos de três mulheres, estamos levando à FIFA uma proposta que reflete a vontade de estabelecer a Copa do Mundo Feminina como plataforma de desenvolvimento do futebol feminino em todas as suas camadas, desde a formação de jovens atletas e gestoras, até a materialização de políticas de proteção dos direitos da mulher, dentro e fora do campo”, afirma Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF.

Em mais de 160 páginas do livro que condensa as propostas do Brasil constam dados sobre a infraestrutura, descrição dos estádios que poderão receber jogos, os centros de treinamento e rede hoteleira nas dez cidades-sede propostas: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. O Brasil está disputando com a dupla EUA e México e o trio composto por Alemanha, Bélgica e Holanda.

“Trabalhamos desde o início com a ideia de utilizar somente os palcos construídos ou reformados para a Copa do Mundo de 2014, confirmando o legado daquela competição no desenvolvimento do esporte e como parte de um projeto de sustentabilidade ambiental e financeira. Também temos como objetivo envolver o continente sul-americano. Por isso, distribuímos os jogos em todas as regiões do Brasil, possibilitando que fãs de outros países possam também desfrutar do momento”, comenta Valesca.

Seria a primeira vez do Brasil sediando uma Copa do Mundo Feminina, que já passou por:

  •  China (1991)
  •  Suécia (1995)
  •  Estados Unidos (1999)
  •  Estados Unidos (2003)
  •  China (2007)
  •  Alemanha (2011)
  •  Canadá (2015)
  •  França (2019)
  •  Austrália e Nova Zelândia (2023)

Além disso, com o sucesso que tivemos no último Mundial e com o crescimento do futebol feminino, sediar a competição seria uma oportunidade de evolução muito maior, principalmente para a modalidade, mas também para atletas, organizações, marcas e até para a valorização do próprio país.

Nas competições masculinas, vemos que muitas pessoas se dispõem a viajar para ver o Brasil jogar, como na Copa do Mundo do Catar 2022. Porém, na modalidade feminina, é difícil ver esse apoio. Por isso, com a competição no Brasil, a adesão seria maior e fortaleceria ainda mais o nosso futebol, além da chance da seleção feminina conquistar o primeiro Mundial em casa.

Um exemplo recente é a final da Libertadores Feminina 2023, que ocorreu na Colômbia. As transmissões ao vivo por TV aberta ou streaming tiveram sucesso de audiência, mas presencialmente, não atingiram o público esperado. Na final brasileira entre Corinthians e Palmeiras, as arquibancadas do estádio estavam praticamente vazias, provavelmente por ser uma competição realizada fora do Brasil.

* Foto de capa: Thais Magalhães/CBF

 

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