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A 35ª Bienal de São Paulo, realizada pela Fundação Bienal de São Paulo e intitulada ‘Coreografias do Impossível, está buscando atrair um público diverso por meio da campanha O ponto de encontro de todos os pontos de vista’, produzida com a linguagem POV (Point Of View). A agência DOJO, responsável pela campanha, desenvolveu o conceito com base em uma pesquisa comportamental que traduziu a relação da Geração Z e das classes C e D com o consumo de arte e cultura.

“Chegamos ao insight de que arte e cultura não são apenas para contemplar, e sim para participar. Assim, buscamos exaltar aquilo que todo mundo tem, que nos define como indivíduos e pode nos conectar como sociedade: o ponto de vista único de cada um. E trouxemos ele para criar uma edição interativa, comenta Rodrigo Toledo, COO da DOJO.

A campanha utiliza a linguagem POV para retratar os pontos de vista das pessoas que estarão presentes na Bienal. A estratégia inclui diversas execuções, como ações com criadores de conteúdo, mídia OOH (Out of Home) e peças digitais, além de um filme feito pela produtora Iconoclast, com roteiro do time da DOJO, que traz uma linguagem moderna e inovadora para o evento. Confira abaixo.

Para José Olympio, presidente da Fundação, a campanha reflete exatamente o que a Bienal de São Paulo mais deseja no momento: se aproximar de um público cada vez mais plural.

“A campanha da DOJO é um sucesso porque compreende que não somos apenas um evento, mas sim uma realização conjunta e aberta a todos. Sem os visitantes, não teríamos razão de existir. Esse ponto de vista, tão comum nas redes sociais, se torna quase um manifesto aqui. É um convite para que todos venham apreciar esta exposição, que faz parte da história do nosso país e coloca a cidade de São Paulo como um farol de arte para o mundo”, afirma.

De acordo com a equipe de curadoria coletiva, formada por Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel, o objetivo deste ano foi criar uma edição sem categorias ou estruturas limitadoras, abrindo um convite à troca e ao diálogo a partir das obras apresentadas.

“O impossívelrefere-se às realidades políticas, jurídicas, econômicas e sociais nas quais essas práticas artísticas estão inseridas, mas, também, no modo como tais práticas encontram alternativas para driblar os efeitos desses mesmos contextos. Já o termo coreografianos ajuda também a refletir sobre como a ideia de mover-se livremente permanece no cerne de uma concepção neoliberal de liberdade. Em consonância com o próprio paradoxo criado pelo título, buscamos não caminhar ao redor de um motivo ou por núcleos temáticos, mas, antes, abrir espaço para uma dança contínua em que podemos coreografar juntos”, explica Hélio Menezes.

A 35ª Bienal de São Paulo acontece até o dia 10 de dezembro, no Parque Ibirapuera, e pretende refletir sobre como as impossibilidades da vida cotidiana afetam a produção artística. A exposição reúne mais de 1,1 mil obras de diferentes linguagens e aborda temas como acesso à justiça, liberdade e igualdade pela perspectiva de 121 artistas. O evento conta com patrocínio do laboratório farmacêutico EMS e é gratuito, com expectativa de alcançar mais de 700 mil visitantes, número atingido pela última edição.

“A EMS tem enorme orgulho em apoiar uma mostra de tamanha relevância, que coloca, ao longo dos próximos três meses, a capital paulista e a arte contemporânea em evidência no mundo e provoca reflexão acerca dos acontecimentos do atual momento do nosso país. A Bienal rompe as barreiras e proporciona um acesso irrestrito à cultura, ajudando a aprofundar debates e a conscientizar a população. Além disso, é uma forma de garantir conhecimento, entretenimento e contato com diversas expressões artísticas. E um dos objetivos da nossa agenda de responsabilidade social é justamente promover bem-estar e qualidade de vida por meio de iniciativas culturais”, ressalta Marcus Sanchez, vice-presidente da EMS.

Campanha busca atrair público plural para a 35ª Bienal de São Paulo

Mostra reúne mais de 1,1 mil obras de diferentes linguagens. (Foto: Divulgação/Fundação Bienal de São Paulo)

Novo percurso

Além do fechamento do vão central do segundo andar, a 35ª Bienal apresenta uma novidade: uma proposta inovadora de percurso. Os visitantes poderão seguir diretamente do primeiro para o terceiro andar, utilizando as icônicas rampas internas do Pavilhão projetado por Oscar Niemeyer, e finalizar o trajeto no segundo andar, utilizando os acessos externos. A intenção dos arquitetos responsáveis é criar uma nova dinâmica para o espaço, explorando e desafiando a obra modernista. Isso implicou não só na reutilização de materiais remanescentes de exposições passadas, mas também na criação de espaços com base nos elementos construtivos que moldam o próprio Pavilhão.

Como parte da experiência enriquecedora proporcionada pela mostra, houve maior preocupação em garantir acessibilidade, contratando uma consultoria especializada, e na elaboração de uma programação pública que abrange uma variedade de elementos, incluindo apresentações musicais, ativações de obras, performances, encontros com artistas e mesas de discussão.

Serviço
35ª Bienal de São Paulo
???? até 10 de dezembro de 2023
???? terça, quarta, sexta e domingo, das 10h às 19h (última entrada às 18h30); quinta e sábado, das 10h às 21h (última entrada às 20h30)
???? Pavilhão Ciccillo Matarazzo | Av. Pedro Álvares Cabral, s/nº, Portão 3, Parque Ibirapuera – São Paulo (SP)
????️ Entrada gratuita

 

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