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Os novos comerciais de Natal da Coca-Cola, criados por inteligência artificial (IA), têm gerado críticas nas redes sociais. Muitos usuários alegam que a magia das tradicionais campanhas da marca foi perdida, enquanto outros apontam para erros visuais e o desconforto causado pelas imagens geradas.

Segundo a Forbes, os anúncios foram desenvolvidos por três estúdios de IA — Secret Level, Silverside AI e Wild Card —, utilizando modelos como Leonardo, Luma, Runway e Kling. A proposta era homenagear o clássico comercial natalino de 1995, “Holidays Are Coming”, com os icônicos caminhões iluminados e a presença de Papai Noel. No entanto, o resultado incluiu cenas marcadas por distorções, movimentos estranhos e elementos pouco naturais.

Um dos comerciais, que inclui cenas com humanos, foi o mais criticado. Para evitar o chamado “vale da estranheza”, os rostos aparecem rapidamente e o Papai Noel não é mostrado — apenas sua mão segurando uma garrafa de Coca-Cola. Outros erros chamaram atenção, como rodas de caminhões que deslizam sem girar e proporções irreais nos cenários.

Nas redes, a reação foi majoritariamente negativa. Muitos profissionais de cinema e TV criticaram a campanha, considerando-a uma tentativa de cortar custos e reduzir a participação de equipes criativas humanas. O criador de Gravity Falls, Alex Hirsch, ironizou que a Coca-Cola “é vermelha porque é feita do sangue de artistas desempregados”.

A controvérsia destaca os desafios do uso da IA para criar vídeos publicitários e levanta debates sobre a eficiência, o impacto ambiental e a qualidade artística dessa tecnologia. Enquanto a campanha tenta remeter à nostalgia, críticos apontam que falta o toque humano que fez das campanhas anteriores da Coca-Cola um marco no imaginário coletivo.