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A Faber Castell fez uma pesquisa, através da plataforma MindMiners, sobre nossa relação com a criatividade: “Brasileiros + criatividade: quem são, onde vivem, o que pensam”. A pesquisa foi feita com 600 pessoas, totalmente online, entre 05 e 19 de setembro de 2022, e os pesquisadores buscaram, no desenho do estudo, apresentar um perfil alinhado e representativo da população conectada com acesso à internet.

A amostra de pesquisa é composta por 48% de homens e 52% de mulheres. Destes, 42% são Millenials (20 a 41 anos), 29% são da Geração X (42 a 57 anos), 23% da Geração Z (16 a 25 anos) e 6% Baby Boomers (58 a 76 anos).

Em relação à classe, 45% são da classe C e 55% das classes A e B. As pessoas que participaram da pesquisa estão distribuídas, regionalmente, da seguinte forma:

  • 48% vivem no Sudeste do país
  • 23% no Nordeste
  • 15% no Sul
  • 9% no Centro-Oeste
  • 5% no Norte

É difícil dar uma única definição para criatividade, mas podemos falar como ela é percebida. E foi isso que a pesquisa da Faber Castell fez: levantou as percepções dos participantes.

E sabe o que os pesquisadores descobriram?

Quase todos os participantes (96%) concordam que a criatividade não é só uma capacidade artística, mas também de inovação e solução de problemas.

É isso mesmo: você não precisa cantar, dançar ou pintar para ser criativo. Se você enfrenta os problemas do dia a dia com maestria, você é, sim uma pessoa muito criativa.

E o bom é que a criatividade pode ser desenvolvida. Dos participantes da pesquisa, 85% concordam que ela é uma habilidade que pode ser treinada. Ao mesmo tempo, muita gente (63% dos participantes) acreditam que a criatividade é um dom.

E não pense que a criatividade é coisa de criança ou de jovens. Ela pode, e deve, ser desenvolvida em todas as fases da vida. Ainda há muita coisa a ser descoberta sobre a criatividade, mas encare isso como um fato.

Aliás, você sabia que a criatividade já foi estudada pela NASA? O estudo apontou que a infância é a fase da vida em que a criatividade é considarada como mais desenvolvida. O que acontece é que ao longo da vida vamos encontrando ou criando bloqueios para nossa criatividade, e enquanto 98% das crianças até cinco anos são consideradas altamente criativas, apenas 2% das pessoas acima de 25 anos ganham essa mesma classificação por entrevistados pela NASA. A resposta para essa discrepância? Bloqueios mentais.

Na pesquisa da Faber Castell, esse mesmo percentual (2%) corresponde à fase da Terceira Idade. Para os entrevistados, a fase mais criativa da vida é a infância (5%), seguida pela adolescência (27%) e fase adulta (20%), para então chegar à Terceira Idade como a fase menos – muito menos, conforme acreditam os 600 entrevistados pela empresa – criativa.

Precisamos lembrar que esses percentuais são percepções, e não a realidade. Mas não deixa de ser um (triste) indicativo de como as pessoas lidam e encaram o assunto criatividade, bem como a maturidade.

Pare para pensar: você gosta de ler, ou já gostou mais. É possível também que não tenha muito tempo para ler, ou que só leia livros técnicos porque “virou adulto”. Apostamos, porém, que volta e meia você se lembra de um título de livro, de uma passagem de história ou de um personagem, que conheceu na infância ou na adolescência, e essa referência aparece meio clandestina quando está lidando com um problema. A tendência é sufocar essa lembrança para dedicar total atenção ao assunto “sério”, mas você já experimentou dar uma chance para essa lembrança e imaginar o que o personagem do livro (e nem precisa ser o principal) faria no seu lugar? Experimente, mesmo que em voz baixa ou mentalmente. Afinal, ninguém é obrigado a declarar seus métodos criativos. E você pode se surpreender.

Na infância somos estimulados a criar, inclusive com materiais como tesoura, lápis e papel, mas ao longo do tempo essa “ousadira” é reprimida, muitas vezes até desaparecer por completo. Não é segredio que tendemos, com o tempo, a dedicar menos atenção às atividades que nos incentivam a desenvolver algo novo.

Inverta essa lógica hoje! Ouse dedicar uma parte de seu dia, mesmo que pequena, ao exercício da criatividade.

Mas e as pessoas que não se consideram criativas? Você é uma delas? A pesquisa da Faber Castell apontou que as principais barreiras para a criatividade são:

  • medo de errar/falhar: 48%
  • falta de estímulos/incentivos: 43%
  • medo da rejeição/reprovação: 38%

Essa diferença entre como percebemos a criatividade e a importância que damos a ela (e que ela merece!) é uma equação que precisa ser resolvida, e você pode fazer isso.

Dos entrevistados pela Faber Castell. 90% consideram a criatividade importante para o dia a dia. Ela é, tipo assim, a Cereja do Bolo, ao lado de soft skills como: (1) capacidade de aprender; (2) resiliência; (3) uso e desenvolvimento de tecnologias; (4) resolução de problemas; (5) pensamento crítico; (6) pensamento analítico e raciocínio lógico e (6) liderança.

Papai e mamãe criativos

Sabe o que mais a pesquisa da Faber Castell apontou? Que pais e mães valorizam mais a craitividade e se consideram mais criativos, e também declaram criar mais.

Esse índice é alto: 82% dos participantes concordam total ou parcilamente que possuem criatividade – enquanto entre as pessoas que não têm filhos, esse percentual é de 60%.

Uma possível explicção para esse número é que a parentalidade obriga as pessoas a cruzar a barreira dos medos e inseguranças. Além disso, ser pai e mãe liberta a criança interior, soltando também a imaginação.

Você deve estar se perguntando como buscar inspiração ou referências fortes para a criatividade. A resposta já está aí: criatividade e inspiração são tudo nessa vida.

Mas, algumas fontes específicas podem dar uma ajudinha a mais, e os entrevistados reconhecem isso: 45% buscam inspiração em redes sociais digitais.

É claro que há diferenças de acordo com a faixa etária, e um dado se destaca na pesquisa: 40% dos jovens entre 18 e 24 anos (a Geração Z) têm trocado o Google pelo TikTok, e essa informação foi compartilhada pelo próprio presidente do buscador, Prabhakar Raghavam.

E o que se consome no TikTok? Uma pesquisa da Opinion Box levantou os principais temas e conteúdos: em primeiro lugar, humor; em segundo, música, e em terceiro, turismo.

A música também é uma fonte de inspiração representativa (32%), distribuída entre as gerações da seguinte forma:

  • 40% Geração Z
  • 33% Millenials
  • 22% Geração X
  • 19% Baby Boomers

… assim como filmes, séries e peças de teatro: 34% dos entrevistados se inspiram neles, e na divisão geracional esse percentual fica assim:

  • 46% Geração Z
  • 34% Millenials
  • 26% Geração X
  • 27% Baby Boomers

É isso mesmo: a Geração Z é a que mais se inspira em música e entretenimento!

E a principal conclusão é: o brasileiro é criativo mesmo.

Desperte você também sua criatividade!

Crédito da imagem: Pixabay | whitedaemon

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