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Confira como aproveitar melhor as oportunidades do momento caloroso e intenso deste final de ano

Copa do Mundo, Eleições e Black Friday prometem movimentar muito o e-commerce nacional no segundo semestre de 2022. Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (AbComm), o setor de e-commerce brasileiro deve fechar o ano com uma receita líquida de até R$ 165 bilhões. Os resultados já vêm sendo positivos desde o início do ano. Dados da MCC-ENET apontaram que o e-commerce cresceu quase 13% no primeiro semestre de 2022,  mas o especialista em e-commerce, Gustavo Chapchap, CMO da JET e líder do Comitê de e-Commerce da Associação Brasileira dos Agentes Digitais, ABRADi, acredita que este número pode ser ainda maior se as lojas se prepararem para trabalhar em sincronia com os eventos. 

“O segundo semestre é naturalmente a melhor época para o varejo. Além do Natal, tem também a famosa Black Friday, que, neste ano, acontecerá no mesmo período da Copa do Mundo e logo após as Eleições. Datas e situações especiais alteram os hábitos de consumo e a atenção das pessoas – e é isso que causa uma mudança no comportamento de compra. Para que o próximo semestre seja melhor aproveitado, é preciso usar estratégias omnichannel de vendas, tendo o e-commerce como um eixo estratégico”, comenta Chapchap.

Nesse sentido, o executivo explica que o primeiro ponto que os lojistas e vendedores devem se atentar é a cronologia dos fatos. Em outubro, teremos as eleições, com o primeiro turno acontecendo no dia 02 e o segundo turno, se houver, no dia 30. No dia 24 de novembro, o Brasil estreia na Copa do Mundo. Logo em seguida, no dia 25, teremos a Black Friday. Considerando esta ordem, quando a Copa e a Black Friday acontecerem, os resultados da eleição já estarão definidos e os impactos econômicos precificados. 

“Sobre as eleições, por conta das reduções de impostos e auxílios, os economistas estão prevendo ganhos econômicos para o período, o que pode gerar um aumento do poder de compra. Isso independente do resultado. Contudo, o principal ponto de atenção para esta Black Friday é que ela terá um calendário mais curto de divulgação, por conta da monopolização dos assuntos da Copa e resultado da eleição na mesma época. Por isso, é necessário ser muito proativo na sua base de clientes para não perder o deadline curto”, explica Gustavo Chapchap.

A Copa do Mundo em si, de acordo com o especialista em e-commerce, deve auxiliar o e-commerce, já que é um motivo de festa, o que costuma impulsionar a compra de produtos online, especialmente com temáticas da Copa, para entrar no clima. “Num país como o nosso, onde o futebol é tão valorizado, uma Copa do Mundo só ativa o estado de ânimo positivo. Como a Black Friday vai ser ainda bem no começo da copa, este tema poderá impulsionar compras, já que hoje em dia, muitas empresas fazem o mês da Black Friday e antecipam vendas”, declara o especialista em e-commerce.

Chapchap explica que é importante contextualizar a comunicação da loja com a data. “Aproveite a emoção e a mobilização que ocorre entregando uma proposta assertiva. Na Black Friday é comum consumidores experimentarem novas lojas e comprarem produtos de ticket maior. Há também um consenso que na Black Friday se compra para si mesmo e não para presentear, apesar de alguns aproveitarem para adiantar as compras de natal. Use os gatilhos de urgência e escassez e mostre os benefícios da compra e do produto”, complementa.

Outra dica importante para aproveitar a Black Friday é focar no mobile, pois segundo pesquisa do Cetic.br, 58% das pessoas utilizam o celular como único meio de conexão. “Proporcionar uma boa experiência no mobile, focada em uma oferta direta e com carregamento rápido (capaz de suportar conexões mais lentas) é um grande diferencial que o lojista pode apresentar aos consumidores”, enfatiza o CMO da JET.

Ainda, vale ressaltar que a Black Friday deveria ser vista como uma oportunidade para captar clientes. “Use o desconto para atrair novos clientes. Atualmente o retorno sobre o cliente não pode ser medido em uma única venda, a frequência, o ticket médio e a possibilidade dele indicar são fatores que despressurizam o CAC (Custo de Aquisição do Cliente) e ajudam a melhorar a rentabilidade. Aquele incentivo para um novo cliente comprar pode ser o desconto da Black Friday, é um momento que os consumidores estão prontos para a compra e vale o investimento”, comenta.

As expectativas são altas, inclusive para o mercado global. O eMarketer apontou que o e-commerce deve movimentar US$5 trilhões em 2022. Chapchap explica que o e-commerce sempre cresce em cenários de mudança, inclusive, foi isso o que aconteceu durante e após a pandemia de Covid-19, pois a geração que ficou mais restrita de movimentação aprendeu como comprar online. 

Hoje, este se tornou um recorte de público que compra muito mais pela internet e deve potencializar o comércio eletrônico no segundo semestre. Somado aos novos entrantes da pandemia, o mercado consumidor já recebe uma boa parte da geração Z, que é nativa digital e já conhece bem o conceito de Black Friday desde a infância.