Skip to main content

Desde que Elon Musk comprou o Twitter por US$ 44 bilhões, a plataforma tem ido de mau a pior. Começando pelo fato do excêntrico bilionário sul africano acabar com a moderação na rede, por ser favorável à liberdade de expressão irrestrita, o que deu voz a discursos de ódio e afastou diversos anunciantes que não queriam ter seus nomes vinculados a uma rede social que permite opiniões preconceituosas sem o menor pudor.

Além disso, o próprio Musk anunciou, em sua conta oficial na plataforma, que a nova forma do Twitter responder a imprensa é com um ‘emoji de cocô’. Ele também fez cortes na força de trabalho: de quase 8 mil pessoas que trabalhavam no Twitter, restaram apenas 1,5 mil. Entre os demitidos, estão jornalistas que contestavam suas ações.

O bilionário também resolveu que seria uma boa ideia cobrar dos usuários pelo selo de verificação, que antes era gratuito. Não surpreende, já que Musk declarou em 2019, em uma publicação no Twitter, que “odeia publicidade”, mas comprou uma empresa que depende dela.

A mais nova “pataquada” de Musk em sua jornada como dono do Twitter foi limitar a visualização de conteúdo a 600 tweets diários paras as contas não verificadas, ou seja, as que optaram por não dar uma parcela do seu suado dinheirinho ao herdeiro sul africano. Para os verificados, o limite sobe para 10 mil. Mas, após repercussão negativa, o limite de 600 também foi aumentado para 1 mil.

Mas, por quê?

O dono da Tesla, da SpaceX e agora do Twitter, alega que a medida é temporária e tem o objetivo de impedir que startups e grandes empresas de tecnologia, como a Microsoft, roubem dados do Twitter para ensinar a inteligência artificial a agir de forma mais humana, o que pode fazer sentido, considerando o fato de Musk ter retirado o investimento no ChatGPT e assinado uma carta aberta contra o desenvolvimento desenfreado do chatbot, por potencial perigo dessa e de outras tecnologias de IA à humanidade.

No entanto, o limite de tweets deixou alguns jornalistas, que usam a plataforma para checar informações e reunir dados para suas reportagens, irritadíssimos com a restrição. A jornalista Bel Trew, principal correspondente internacional do The Independent, twittou que o limite de quantos tweets ela podia ler na plataforma a deixou em uma “perda total” enquanto trabalhava, no último domingo (2). Um repórter da cidade norte-americana de Baltimore também não conseguiu ver os tweets da conta do departamento de polícia local, após um tiroteio que deixou duas pessoas mortas e outras 28 feridas.

Aqueles que receberam notificações de ‘limite de taxa excedido’ descobriram que isso se aplica a todas as contas, inclusive às que postam informações em tempo real sobre emergências, riscos climáticos e desastres naturais. A BBC procurou o Twitter para esclarecimentos e recebeu o tradicional emoji de cocô.

Outras consequências

Como de costume, a equipe do Adnews reúne informações de diversas fontes fidedignas para trazer conteúdos atualizados ao leitor, contando, inclusive, como veículos internacionais como apoio, a exemplo da BBC.

Na montagem deste conteúdo, seguindo o nosso padrão de qualidade, buscamos no Twitter diversas menções contidas no texto que você acabou de ler, e não conseguimos embedar nenhum dos conteúdos (anexar os tweets) aqui. Seguimos verificando se o problema também é uma consequência das limitações recentes impostas por Elon Musk à plataforma.

* Com informações da BBC News

Fique ligado no Adnews pelo Instagram e LinkedIn! Pra gente, sair do óbvio é tão óbvio quanto criar e transformar.