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A Meta, empresa dona do Facebook, acaba de lançar um serviço de realidade virtual por assinatura chamado ‘Meta Quest+’, custando US$ 7,99 por mês (R$ 38,00) ou US$ 59,99 (R$ 285,62) no caso do plano anual.

Nos primeiros três meses do ano, a empresa, que também controla o Instagram e o WhatsApp, teve uma perda de US$ 4 bilhões (R$ 21,2 bilhões) em sua unidade de realidade virtual. A Meta enfrenta a concorrência de empresas como a gigante da tecnologia Apple, que lançou neste mês o seu tão aguardado headset de realidade mista.

Em 2021, o executivo-chefe da empresa, Mark Zuckerberg, revelou planos para construir um ‘metaverso’, mundo online onde as pessoas podem jogar, trabalhar e se comunicar em um ambiente virtual, geralmente usando fones de ouvido VR.

“Com o tempo, espero que sejamos vistos como uma empresa metaversa, e quero ancorar nosso trabalho e nossa identidade no que estamos construindo. A Inteligência Artificial (IA) é a chave para desvendar o metaverso”, ressalta Zuckerberg.

Lucro x Prejuízo

A Meta registrou lucro de US$ 5,7 bilhões (R$ 27,15 bilhões) nos primeiros três meses deste ano, superando as expectativas do mercado. No entanto, sua divisão Reality Labs, que produz headsets de realidade virtual e outros produtos, registrou um prejuízo líquido de US$ 4 bilhões (RS 21,2 bilhões) no mesmo período.

Enquanto isso, a Apple lançou, no início deste mês, seu headset de realidade mista Vision Pro, em seu primeiro grande lançamento de hardware em quase uma década. O fone de ouvido da Apple, que será lançado no início de 2024 nos Estados Unidos, custará quase US$ 3,5 mil (o equivalente a mais de R$ 16,5 mil).

Isso é consideravelmente mais do que outros fones de ouvido atualmente disponíveis no mercado. Os headsets de realidade virtual da Meta custam entre US$ 299,99 (R$ 1.428,79) e US$ 999,99 (R$ 4.762,75).

Rival do Twitter?

Tio Zuck parece empenhado em recuperar o lucro da empresa, e tem sinalizado outras intenções de mercado. Uma delas é a criação de um possível “rival” do Twitter, rede social comprada pelo empresário Elon Musk no ano passado. A ideia de Zuckerberg é que a nova rede social traga usuários de outras plataformas, o que pode ser ótimo para aqueles que não têm se adaptado ao Twitter desde que a rede foi adquirida pelo bilionário sul-africano, devido à falta de moderação da plataforma. 

Musk é defensor assíduo da liberdade de expressão irrestrita, o que tem dado margem para desinformação e discurso de ódio na rede social, além de ter retirado o Twitter do código voluntário de desinformação da União Europeia, que inclui Meta, TikTok, Google, Microsoft e Twitch. Esse código pretende impedir o lucro com desinformação e notícias falsas, além de aumentar a transparência e coibir a disseminação de boots e contas falsas.

Além disso, desde que o proprietário da Tesla e SpaceX passou a gerir também o Twitter, demissões em massa têm acontecido. A gigante da mídia social costumava ter uma equipe dedicada que trabalhava para combater campanhas de desinformação coordenadas, mas especialistas e ex-funcionários do Twitter dizem que a maioria desses colaboradores renunciou ou foi demitida.

Para completar o problema, Musk resolveu lançar mais uma novidade: responder às solicitações de e-mail da imprensa com um “emoji de cocô”. Não, você não leu errado. O anúncio foi feito por ele mesmo, em sua conta no Twitter.

O diretor de produtos da Meta, Chris Cox, afirma que a codificação da nova rede social que concorrerá com o Twitter está em andamento na empresa. A gigante da tecnologia pretende lançá-la em breve, embora nenhuma data tenha sido anunciada até o momento.

* Com informações da BBC News.

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