Os brasileiros passam mais da metade da vida na internet. Essa descoberta ocorreu no ano passado, em um levantamento realizado pela empresa NordVPN sobre os hábitos digitais do nosso povo. Segundo as projeções da pesquisa, os usuários do Brasil dedicam mais de 41 anos ao ambiente digital, o que equivale a 54% do tempo de vida médio da população.
É claro que não foi sempre assim. O avanço e a popularização da tecnologia tornaram a internet cada vez mais presente no cotidiano mundial com o passar dos anos, promovendo mudanças em todos os aspectos da vida das pessoas. O trabalho migrou para o mundo digital, o estudo também, a busca por inspirações. As conexões, os serviços, as interações. Tudo cada vez mais digitalizado. E a publicidade não teria porquê deixar de acompanhar esse movimento. Ela precisa estar onde o público-alvo está. E é aí que o problema começa para muitas marcas.
Diariamente, somos bombardeados de conteúdos na internet, mas não somos capazes de consumir tudo. No inconsciente, cada um de nós faz uma curadoria do que interessa e descarta o resto. O mundo ideal é que nesse “resto” estejam as fake news, sites sensacionalistas e com baixa (ou nenhuma) credibilidade, conteúdos que propagam ódio e preconceitos em geral, entre outros. Mas, ainda que nem todos os brasileiros descartem conteúdos como estes, boa parte da população já o faz e está, inclusive, disposta a ignorar anúncios de marcas que se aliam a esses perfis.
Como o Adnews sabe disso? Mais uma vez, temos dados. Um estudo recente da Integral Ad Science (IAS) constatou que 72% dos consumidores brasileiros afirmam deixar de usar marcas que aparecem ao lado de conteúdos de baixa qualidade.
E tem mais: 96% dos brasileiros consideram importante que os anúncios que veem estejam posicionados próximos a conteúdos de alta qualidade, porque a credibilidade do conteúdo é transferida para a marca.
Segundo Marcia Byrne (foto), Managing Director para América Latina na IAS, os brasileiros estão mais exigentes, inclusive comparados à população de outros países.
“De fato, um estudo semelhante com consumidores norte-americanos descobriu que 62% deles deixariam de comprar de uma marca que anuncia ao lado de conteúdos de baixa qualidade, 10% a menos do que os consumidores brasileiros. Sabemos que o Brasil é um dos países com maior índice de criação de conteúdo, então é correto dizer que a população é mais seletiva com as marcas, dependendo do tipo de conteúdo com o qual elas aparecem”, explica Marcia, que observou um aumento acelerado dessa exigência no contexto da Covid-19, mas afirma que a evolução começou antes da pandemia.
De acordo com a diretora da IAS, o Brasil é o país líder em consumo de anúncios na América Latina, principalmente pelo tamanho da população, variedade de mídias e pelo quanto a sociedade está integrada com as redes sociais.
A notícia é boa para o mercado, que percebe o aumento de consciência dos consumidores e a disposição em escolher marcas que proporcionem boa qualidade, experiência relevante e valores parecidos com os seus. Mas, é também um recado claro para as marcas: é preciso ter responsabilidade e bom senso na hora de anunciar na internet. Aparecer a qualquer custo tem um preço que pode ser bem alto.
“É importante que as marcas assumam o controle de onde seus anúncios são exibidos. É uma estratégia dupla: ambientes brand safe são livres de conteúdo arriscado, o que a maioria dos anunciantes concorda que envolve violência, conteúdo adulto e outras categorias de alto risco. Mas, depois, há brand suitability, a adequação da marca, que varia de empresa para empresa”, esclarece Marcia.
É aí que entra o trabalho da IAS. A empresa oferece um conjunto abrangente de ferramentas de brand safety e suitability que permitem aos anunciantes colocar seus anúncios no contexto certo, com a maior precisão possível.
“Há anos, trabalhamos com os maiores nomes do setor de tecnologia para criar soluções de segurança de marca escaláveis, para que os profissionais de marketing possam aliviar o estresse da execução das campanhas. Nossa novidade mais recente é o Publisher Optimization, que maximiza a receita por meio da automação”, descreve.
A ferramenta se integra perfeitamente com os maiores servidores de anúncios e cria um balcão único para os clientes venderem inventário com maior confiança e transparência. Um dos principais recursos é que ela permite que os usuários executem campanhas para que os anúncios sejam colocados automaticamente no contexto certo, longe de conteúdo inseguro e em alinhamento com os padrões de media-quality da marca. Isso ajuda a reduzir o erro humano e aumentar a precisão.
A IAS oferece relatórios abrangentes de segurança e adequação da marca que fornecem aos profissionais de marketing uma visão granular do contexto em que seus anúncios foram exibidos, além do desempenho geral da campanha. A empresa chama esse diagnóstico de ‘dados acionáveis’, porque fornecem aos clientes um fluxo consistente de informações importantes que permitem ajustar campanhas e aumentar seu impacto.
Mas afinal, como as empresas podem agir para estabelecer estratégias bem-sucedidas à medida que os padrões de consumo de anúncios evoluem? Marcia Byrne propõe um plano de ação.
“É importante que as empresas solidifiquem o tipo de contexto em que desejam que seus anúncios sejam exibidos. Depois de definir isso, é hora de incorporar uma estratégia de brand safety e suitability que impedirá que seus anúncios sejam veiculados ao lado de conteúdo inseguro ou enganoso, e em vez disso, visa ambientes que estão contextualmente alinhados com seu produto ou serviço. Por exemplo, um anúncio de bebida alcoólica ao lado de um vídeo de receita de coquetel, e não em um site de entretenimento infantil”, finaliza a executiva.
* Com a colaboração de Cathy Birle
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