Pela primeira vez desde seu lançamento, o número de usuários ativos diários do Facebook teve queda. Isso reflete a perda de espaço entre os usuários ativos mais jovens e a concorrência. A Meta, empresa que comanda o Facebook, informou que os números caíram de 1,929 bilhão nos três últimos meses do ano passado em comparação com 1,930 bilhão no trimestre anterior.
As ações sentiram impacto direto: ao final, cerca de U$250 bilhões haviam sido perdidos em valor de mercado. O evento entrou para a história como a maior queda diária de uma empresa nos EUA. A empresa estima uma receita de U$29 bilhões para os meses de janeiro a março, ficando um pouco abaixo do esperado pelos analistas.
O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, afirma que os motivos da crise são fatores como o aumento da popularidade de aplicativos como o TikTok. A empresa enxerga o investimento em vídeos curtos como uma necessidade para se manter no mercado. Entretanto, esse nicho do aplicativo acaba ficando para trás por ser considerado uma “versão copiada menos popular” pelos usuários. Assim, mesmo diante das investidas, os feeds regulares acabam superando o retorno em comparação com modalidades de vídeo.
O cenário completo do Facebook
Seria inocência acreditar que o crescimento do TikTok é o único motivo para as quedas da empresa. Afinal, outras plataformas com propósitos diferentes estão se destacando na modalidade, como o Youtube Shorts e Kwai.
Quando olhamos para o Facebook, as métricas são diferentes. As recentes crises de imagem e discussões sobre privacidade de dados, algoritmos prejudiciais e mudança de nome da empresa também afetam o cenário geral.
Atualmente, o Facebook carrega uma imagem “tóxica” para muitos no Vale do Silício. Certamente, trabalhar no Facebook agora não possui o mesmo impacto do que estar colaborando com a rede há alguns anos atrás. Os novos profissionais enxergam maior potencial de crescimento em outros aplicativos, agravando a situação de Zuckerberg.
