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Antoninho Rossini

Jornalista, escritor e editor.

Após quase dois anos de rumores de quem vive o showbiz, a apresentadora Eliana é a mais nova contratação da Rede Globo. Ela deixa anos e anos de carreira no SBT para enfrentar novos desafios à frente de câmeras, cenários e novos parceiros globais admirados e vistos diariamente por milhões de telespectadores. Há uma corrente que considera que pelo seu perfil, Eliana não aguentará o tal padrão Globo; hoje, por sinal, não é tão padrão como foi um dia.

Eliana fará parte de programas em novos horários, formatos e exigências – ela está certa. Vale o risco. Aos 50 anos, se continuasse no SBT seria a mimadinha, quase uma “prata da casa”. No SBT cumpria à risca o seu script aprovado pela audiência das classes sociais fiéis à emissora.

Agora, estará nas telinhas vistas massivamente em todo o Brasil, em alguns programas com índices respeitáveis de audiência como o “Masked Singer” e “Saia Justa”.

Enganam-se os que pensam que foram esses os únicos e principais motivos que a Globo e Eliana se atraíram mutuamente. Pode começar por aí, mas o melhor vem depois, por meio de acordo comercial ainda pouco utilizado no Brasil. Eliana tem contrato comercial exclusivo com a ViU (empresa digital ligada à Globo), que cuidará de todos os contratos da apresentadora em anúncios comerciais e outras ações profissionais, inclusive com destaque para as plataformas digitais. Aliás, está engatinhando uma ação denominada Black Friday como meio de atrair novos anunciantes, sem compromissos de contratar espaços com flights de valores com tabelas cheias.

Essa será uma oportunidade para que pequenos anunciantes entrem no mercado publicitário de forma menos onerosa. Com certa dose de inferição, observa-se o motivo pelo qual a Eletromidia e Globo acabam de anunciar parceria para a criação da chamada mídia programática. Desse acordo surgirá a integração das telas dos canais de TV da Globo com os da OOH (Out Of Home, ou, numa tradução livre, Publicidade Exterior). A complementariedade dessa operação reforça a tese não declarada de atrair novos parceiros comerciais. Eliana, faz parte desse pacote de modernidade em se tratando do mercado publicitário. Claro, a apresentadora terá que conhecer, redobrar sua atenção e esforço profissional para viver num mundo, agitado, mas altamente promissor.

É o preço para sua maior visibilidade e resultados financeiros. Esse é um sinal de que outras emissoras de TV devem ficar atentas. Será um sufoco para as que ainda não entenderam essa arquitetura de negócio. A operação entre a Globo e a Eletromídia, irá universalizar ainda mais a comunicação, sem custo para o telespectador e de investimento reduzido para os anunciantes. Eliana foi a primeira, mas existem outras contratações (é o que se deduz que poderia acontecer com o Rodrigo Faro, da TV Record) em análise pela Globo. A Emissora trabalha nos bastidores para dar musculatura empresarial aos seus novos projetos.

 

*Foto de capa: Globo/João Cotta

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