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Elon Musk revela preocupação quanto ao futuro da humanidade em relação às máquinas.

Foi declarada a semana não oficial da inteligência artificial? Ao que tudo indica, sim, pois o Google, a OpenAI e a startup francesa Mistral lançaram novas versões de seus modelos de inteligência artificial praticamente juntos na terça-feira (9), enquanto a Meta anunciou a atualização de seu modelo de IA nas próximas semanas.

A chuva de lançamentos e anúncios, que aconteceu em um intervalo de 12 horas, chegou enquanto o mundo da tecnologia estava aguardando o lançamento da nova versão do ChatGPT, da OpenAI.

Essa onda começou quando o presidente de assuntos globais da Meta, Nick Clegg, confirmou, durante um evento em Londres, os rumores de que a terceira versão da IA Llama estava próxima de ser lançada. Segundo o portal The Information, acredita-se que o Llama 3 será lançado, a princípio, em uma versão menos potente, podendo encarar uma forte concorrência com a OpenAI e seu modelo que sucederá o GPT-4.

Sete horas após o presidente deixar o evento, o Google lançou o Gemini Pro 1.5, o modelo de inteligência artificial disponível para o público que, no nível gratuito, permite até 50 solicitações por dia. Pouco tempo depois, mais precisamente uma hora, a OpenAI lançou o modelo final do GPT-4 Turbo. Entre as novidades desses modelos está a capacidade de aceitar imagens, com a diferença que o chatbot do Google aceita áudio e vídeo.

Já pelo começo da manhã de quarta-feira (10), a Mistral, fundada por ex-colegas da Clegg na equipe Al da Meta, lançou, por meio de um link disponível gratuitamente para o público com um arquivo de 281 GB, o modelo Mixtral 8x22B.

As previsões sobre o futuro da IA

Desde o ano passado o tema inteligência artificial vem rendendo opiniões adversas e declarações polêmicas dos principais nomes por trás das grandes empresas de tecnologia.

Alguns acreditam que a abordagem da Mistral e do Meta de disponibilizarem seus sistemas de IA seja prejudicial e potencialmente perigosa por impedir que o desenvolvedor original interfira caso descubram vulnerabilidades em seus modelos. Segundo a Meta, essa forma de conduzir a inteligência artificial é melhor do que manter essa tecnologia na mão de um pequeno grupo de grandes empresas.

Outros aspectos desse tema também estão sendo discutidos, como a declaração do Elon Musk, dono do X (Twitter), de que a inteligência artificial está muito perto de se tornar mais inteligente do que as pessoas.

Segundo o bilionário, uma IA sobre-humana, mais inteligente do que qualquer ser humano do planeta, pode existir no próximo ano, a não ser que a alta demanda por energia e uma possível escassez de chips de treinamento tornem o avanço da inteligência artificial momentaneamente insustentável.

“Meu palpite é que teremos uma IA que é mais inteligente do que qualquer humano provavelmente por volta do final do próximo ano”, disse Musk em uma entrevista ao vivo no Twitter.

Ele ainda acrescenta que se pudesse pressionar um botão de pausa no desenvolvimento de inteligência artificial, faria isso.

“Na verdade, é importante para nós nos preocuparmos com o futuro do Exterminador do Futuro, a fim de evitar um futuro como o de Exterminador do Futuro”, disse Musk, em referência ao clássico filme da cultura pop onde as máquinas travam uma guerra contra os seres humanos.

As preocupações do bilionário podem assustar alguns, mas não convencem o cientista-chefe da Meta, Yann LeCun, que rebateu as falas do dono do Twitter.

“Ouvimos muitas pessoas dizendo: ‘Oh meu Deus, vamos obter [inteligência artificial geral] no próximo ano’. Isso simplesmente não está acontecendo. Temos sistemas de IA que podem passar no exame de bar, mas eles não podem limpar sua mesa de jantar e encher a máquina de lavar louça. Temos sistemas que manipulam a linguagem e nos enganam a pensar que eles são inteligentes, mas não conseguem entender o mundo”.

O que resta é aguardar para descobrir se as convicções de LeCun estão corretas ou se, após diversas previsões errôneas, como a data de lançamento do chip cerebral Neuralink – que demorou três anos a mais do que o previsto – ou que a SpaceX pisaria em Marte em 2018, algo que não se concretizou até hoje, Musk finalmente estaria certo.

 

*Com informações do The Guardian

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