Marcas amadas criam seus próprios códigos

Em mercados onde produtos passam a sensação de serem cópias, destacar-se vira uma tarefa inglória...

Adnews

01.07.2025

Marcas amadas criam seus próprios códigos

*Por Arnaldo Rabelo

Em mercados onde produtos passam a sensação de serem cópias, destacar-se vira uma tarefa inglória. A boa notícia é que a verdadeira diferença não nasce de mais recursos, mas de pessoas: comunidades de marca criam uma proposta de valor emocional e simbólica (também conhecida como USP, ou proposta única de valor) que nenhum concorrente copia com a mesma intensidade.

Diferencial emocional e simbólico

Uma comunidade ativa não compra só por necessidade. Compra porque se identifica, partilha valores e sente que faz parte de algo maior. Essa proposta simbólica é mais forte que qualquer característica técnica. Quando membros defendem a marca em fóruns, redes sociais e rodas de conversa, eles oferecem um selo de autenticidade impossível de replicar em planilha de vendas.

Marcas com tribos geram memórias

Pense nas marcas que marcaram sua vida: foram momentos, encontros, histórias que criaram laços. Não foi o produto em si, mas a sensação de pertencer. Marcas com tribos conseguem ocupar espaço no imaginário coletivo, tornando cada nova interação um lembrete de que aquele ecossistema existe — e vale a pena fazer parte dele.

Benefícios que impressionam Reconhecimento instantâneo: membros viram promotores espontâneos. Defesa ativa: críticas e crises são enfrentadas com apoio interno. Narrativa autêntica: histórias geradas pela comunidade reforçam a mensagem da marca. Comunidade em ação

A Nike é um bom exemplo. Ao criar o app NRC (Nike Run Club), ela não ofereceu apenas um rastreador de corridas, mas um espaço onde corredores amadores trocam percursos, compartilham conquistas e se sentem parte de algo. A comunidade sugeriu eventos locais, novos produtos e até campanhas sociais. O produto é o tênis. O diferencial é o senso de pertencimento.

Memória coletiva e diferenciação

Comunidades geram memória. Cada meme interno, cada ritual de boas-vindas e cada menção nas conversas diárias consolida o posicionamento. Quem entra na tribo adota a linguagem, defende a bandeira e torna a marca parte da própria história.

Criar comunidade não é sobre aumentar seguidores. É sobre construir um vínculo profundo que transforme produtos em símbolos. No final, a concorrência pode copiar design, preço e promoção. O que ninguém consegue replicar é o afeto que brota de uma tribo engajada.

*Arnaldo Rabelo é Consultor de Marketing de Comunidades, com mais de 20 anos de experiência, atendeu empresas como Grendene, Guga Kuerten Company e Universal Studios. Atuou em cargos de liderança no Instituto Ayrton Senna, Contém 1g e Klin Produtos Infantis. Tem MBA em Marketing pela FGV e em inovação e gestão pela PUC. Mentor do Founder Institute e Inovativa Brasil

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