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Outubro é o mês da Oktoberfest, a mais tradicional festa cervejeira do mundo. De origem alemã, a celebração hoje ganhou o mundo e já possui versões em diversos países, como Canadá, China, Estados Unidos, Austrália e Brasil. Em Blumenau, por exemplo, onde acontece a maior Oktoberfest da América Latina, 500 mil pessoas, entre brasileiros e estrangeiros, se reúnem para comemorar a festa criada por alemães há mais de 200 anos. Mas como surgiu a ideia de identificar o mês outubro como a época da cerveja?

A Oktoberfest teve sua origem em Munique, na Alemanha, em 1810. A primeira edição do evento aconteceu em 12 de outubro, quando o Rei Luís I, também conhecido como Rei da Baviera, casou-se com a Princesa Tereza da Saxônia. Para celebrar o matrimônio, o rei organizou uma corrida de cavalos, seguida de festa, e convidou todos os moradores da cidade. A celebração que duraria alguns dias, acabou perdurando por um mês.

“Até hoje se fala muito sobre a história desse casamento. Segundo a versão mais aceita, na época não havia sistema de refrigeração e todas as cervejas eram produzidas em épocas do ano com temperaturas mais baixas, como entre outubro e março. Quando outubro chegava novamente, todas as cervejas precisavam ser consumidas para que os toneis pudessem ser utilizados novamente. Esse cenário, naquele ano, fez com que durante o casamento do Rei, enquanto houvesse cerveja, os convidados beberiam. E isso durou 30 dias”, explica Carolina Loureiro, beer sommelière da Cervejaria Ambev. O sucesso da festa levou à uma nova edição na mesma época do ano seguinte e no mesmo local, e assim começou a tradição. Até hoje, cerca de seis milhões de visitantes participam anualmente na festa e feira de Munique.

Característica das cervejas e harmonizações:

No geral, as cervejas apreciadas tradicionalmente durante a Oktoberfest são as mais leves, com menor teor alcoólico. “Em Munique, por exemplo, apenas cervejas dos estilos Dark Lager, Helles, e Radler são degustadas. Como são bebidas em grandes quantidades, neste caso específico, os alemães optam por rótulos menos encorpados e com teor alcóolico entre 4% e 5%”, complementa Carolina.

E para quem não terá a oportunidade de ir até Munique ou Blumenau, vale reunir os amigos para testar harmonizações genuinamente alemãs e entrar no clima da festa. Como no caso alemão é muito forte a harmonização cultural, é interessante experimentar pratos como o tradicional chucrute, joelho de porco, salsichas e o strudel de maçã juntos às cervejas características do período no país europeu. “Chamamos de harmonização cultural a união entre um alimento e uma cerveja, que não necessariamente combinem as características em si, mas já tenha virado algo tão tradicional que se torna especial. E poucos países do mundo levam isso tão a sério quanto a Alemanha”, finaliza.

 

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