Mostra ‘Vivacidade’ reflete sobre meio ambiente em SP

Iniciando na Semana Mundial do Meio Ambiente, a mostra ‘Vivacidade – Poéticas Socioambientais’ incentiva o paulistano a explorar o Parque Burle Marx, localizado na Vila Andrade, região sul da cidade. Além de contemplar o preservado trecho do que restou da Mata Atlântica paulista, o convite é para refletir a respeito da qualidade do ar que respiramos, das mudanças climáticas e da densidade demográfica de uma megalópole como São Paulo.

Trata-se de uma exposição de arte digital que aborda reflexões sobre o impacto das novas tecnologias, o crescimento das cidades e o mundo natural. O evento acontece de 03 a 18 de junho, com acesso gratuito.

Em sua segunda edição, o projeto volta à capital paulista após uma década. Vale lembrar que, em 2013, a ‘Vivacidade – Poéticas Socioambientais’ ocupou a Avenida Paulista com seis obras digitais.

Na mostra, os artistas digitais Rizomatique e VJ Suave estão encarregados de provocar uma discussão reflexiva sobre a expansão da metrópole, tanto em território quanto em implementação tecnológica, para que esta possa atender às demandas sociais sem deixar de lado o equilíbrio com a preservação ambiental. 

A linguagem é direcionada a crianças e jovens pelo caráter pedagógico. Porém, devido ao formato ao ar livre, impacta um público massivo. Já a interatividade da mostra ‘Vivacidade – Poéticas Socioambientais’ se dá através de ferramentas tecnológicas intuitivas, como softwares de desenho digital e visualização de dados. Desta forma, o público adquire uma experiência artística de co-criação das obras.

Saiba mais sobre as instalações interativas:

Respiramos (2023)
Artista: Rizomatique
Localização: Bosque das Jabuticabeiras

Uma escultura de luz que reflete o ar que respiramos, em tempo real, a partir da coleta de dados sobre as concentrações dos poluentes no ar da cidade, divulgados pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). A cada momento, a instalação possui um espectro luminoso colorido diferente. A interatividade do público se dá através de um tablet com um menu colorido. Cada cor equivale a um dos poluentes mais comuns no ar de SP: partículas inaláveis (MP10), partículas inaláveis finas (MP2,5), fumaça (FMC), ozônio (O₃), monóxido de carbono (CO), dióxido de nitrogênio (NO₂) e dióxido de enxofre (SO₂). Todos esses elementos são invisíveis a olho nu, mas a escultura os revela através do espectro da cor (claro/escuro) correspondente à concentração do poluente no ar. 

Jardim Tropical (2023)
Artista: VJ Suave
Localização: Bosque das Jabuticabeiras

Os artistas criaram uma floresta digital similar à Mata Atlântica, com flora e fauna animadas e representada em dois cenários: um lago para destacar espécies aquáticas e a floresta densa, com pássaros e outros seres terrestres. O participante recebe um tablet para desenhar (através do software Tagtool) outras espécies endêmicas da Mata Atlântica que podem ser avistadas no Parque Burle Marx. A obra diverte e alerta para a urgência de medidas climáticas globais para a sobrevivência das espécies.

Vale lembrar que, quando falamos em mudanças climáticas, somos impactados pela imagem de um urso polar se equilibrando num iceberg. No entanto, o Hemisfério Sul é o mais afetado e o menos responsável pelo desequilíbrio climático. Nos últimos anos, o número de peixes, aves e até borboletas está diminuindo no que restou da Mata Atlântica, e inúmeras espécies correm risco de extinção. 

As obras de arte digital buscam, de forma lúdica, trazer luz, reflexão e conscientização sobre questões inerentes aos humanos, seus cuidados com o planeta, e inevitavelmente, com a própria humanidade.

Serviço
Mostra ‘Vivacidade – Poéticas Socioambientais’
Data: 03 a 18 de junho de 2023
Horário: 9h às 18h
Local: Parque Burle Marx | Av. Dona Helena Pereira de Moraes, 200 – Vila Andrade, São Paulo (SP)
Ingressos: Entrada gratuita

Fique ligado no Adnews pelo Instagram e LinkedIn! Pra gente, sair do óbvio é tão óbvio quanto criar e transformar.