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A Netflix, um dos principais serviços de streaming do mundo, removeu o plano básico de R$ 25,90 para novos assinantes. A empresa, que já implementou essa medida em países como Itália e Reino Unido, anunciou há pouco menos de um mês que as alterações entrariam em vigor nas semanas seguintes aqui no Brasil, embora não tenha divulgado uma data específica. O plano básico era um queridinho dos usuários brasileiros, mas quem assina a plataforma atualmente nessa modalidade não será afetado pela mudança.

Agora, o streaming conta somente com três opções de planos em território nacional. Um com propagandas, custando R$ 18,90; o plano padrão, por R$ 39,90; e o premium, que oferece definição 4K pelo valor de R$ 55,90. Além do Brasil, essa mudança também será aplicada na Austrália, Alemanha, Espanha, México e Japão. Os usuários brasileiros que já possuem o plano básico de R$ 25,90 sem anúncios vão continuar com ele, segundo a plataforma.

Para aqueles que estão receosos com as mudanças nos planos da Netflix, adiantamos que pode ser uma boa alternativa, considerando que nos Estados Unidos, onde o plano básico ainda está disponível, houve um reajuste nos preços. O plano passou de US$ 9,99 para US$ 11,99, o equivalente a uma bagatela de R$ 58,76 na cotação desta segunda-feira (6), com o dólar americano custando R$ 4,90 de acordo com o Google Finance. Já o plano premium aumentou de US$ 19,99 para US$ 21,99, e os planos padrão, tanto com anúncios quanto sem anúncios, permaneceram com os preços de US$ 6,99 e US$ 15,99, respectivamente.

O encerramento do plano básico da Netflix ocorre em um ano que contou com uma série de medidas implementadas na plataforma, como o novo plano que inclui anúncios no início e durante a transmissão de programas, a restrição ao download de filmes e séries, e a polêmica proibição do compartilhamento de senhas. Mesmo assim, um relatório divulgado pela empresa no dia 18 de outubro revelou um aumento de 9 milhões de assinantes na plataforma no período de julho a setembro deste ano.

Atualmente, a Netflix possui cerca de 250 milhões de usuários, sendo que 6 milhões (aproximadamente 30% do total das novas assinaturas) aderiram à plataforma após a criação do plano com anúncios. O documento também apresentou uma alta de 7,8% na receita dos últimos três meses, contando com US$ 1,9 bilhão arrecadado nesse período, e na bolsa de valores, as ações da plataforma de streaming cresceram 11%.

Se as condições estão boas, por que o aumento nos EUA?

Embora as condições atuais da empresa sejam favoráveis, o aumento de preços já estava sendo considerado pela própria Netflix americana. Essa medida foi avaliada como possibilidade após as greves em Hollywood. Na época, a justificativa era a necessidade de novas produções após o período de paralisação tanto dos roteiristas, que já retornaram às atividades, quanto dos atores, que permanecem em greve até o momento. No entanto, em um novo comunicado, a empresa divulgou que o movimento grevista não afetou tanto as produções porque a maioria delas já estava gravada e conteúdos antigos, como a série Suits, seguem sendo os mais assistidos na plataforma.

Considerando que a greve e a eliminação do plano básico não geraram problemas significativos para a Netflix, e que o número de assinantes foi impactado de forma positiva, a dúvida sobre o motivo do aumento nos preços continua sem uma resposta definitiva. Uma das hipóteses levantadas é a inflação nos Estados Unidos, que poderia estar pressionando a empresa a reavaliar os preços na terra do Tio Sam. Fica a incerteza se essa tendência se estenderá a outros países, como o Brasil, ou se é apenas um caso isolado.

* Foto de capa: iStock

 

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