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Tudo hoje é veloz, acelerado, célere, frenético. O mundo mudou drasticamente. Em tempos de revolução social e tecnologica, a comunicação tradicional entrou em colapso, se fragmentou em múltiplas fontes de produção e distribuição, tornando a comunicação uma indústria liquida. Em O Amor Líquido, Zygmunt Balman elabora análises próximas ao cotidiano, se concentrando em relações amorosas num olhar profundo sobre o mundo pós-moderno. Para ele, a maior utilidade do termo “conexão” é evidenciar a facilidade de se desconectar. Vivemos numa época de liquidez, de fluidez, de volatilidade. E não são apenas as relações amorosas reféns dessa liquidez toda. O mundo está líquido.

A revolução tecnológica que se acentuou e se acelerou no século XXI presencia uma transformação cultural ampla, mudando o comportamento de todos, gerando novas demandas sociais e de consumo, o que naturalmente, levou a uma transformação radical na indústria do entretenimento e da comunicação. O planeta está conectado. As informações circulam num estalar de dedos.

Atualmente, todas as pessoas são um veículo de comunicação de massa em potencial, os 15 minutos de fama previstos por Andy Warhol nos anos de 1960 são hoje uma realidade, qualquer pessoa pode ter fama, ou infama, de um momento para o outro. Os veículos de comunicação tradicionais passaram a competir pela atenção das pessoas com adolescentes criativos e carismáticos que produzem conteúdo de dentro dos seus quartos para grandes plataformas que não produzem conteúdo algum.

Este novo cenário social e competitivo, onde grandes veículos competem com produtores/pessoas e plataformas fez com que a cadeia de produção de conteúdo e entretenimento entrasse em colapso, agora estamos em um estado líquido, onde as incertezas são a única certeza. Experimentar novas formas de produzir e distribuir entretenimento é fundamental.

Na Viacom, encaramos este desafio abraçando uma nova missão, que na essência já é um grande experimento. Hoje, a nossa missão de todos os dias é a de ser criadores de experiências de entretenimento que inspiram a cultura e conversas, nada mais líquido que a cultura, nada melhor que ser parte das conversas.

Entendemos que para ser parte dessa cultura líquida em constante transformação, precisamos estar em todos os lugares, para todas as pessoas, em todas as telas e, principalmente fora delas. Seja na geladeira do supermercado em um iogurte da Patrulha Canina, num mega evento como o MTV MIAW ou o Dia de Brincar, da Nickelodeon, ou mesmo como tema de festa de aniversário ou bloco de carnaval, com De Férias com o Ex. E, claro, percorrendo também caminhos para além das nossas próprias plataformas e nos unindo a parceiros como operadores de Pay TV, TVs abertas, Amazon e Netflix, por exemplo.

Há que se tangibilizar e tornar a experiência corpórea. Se o mundo se transformou e as incertezas são a única certeza, estamos seguros que fazer parte da cultura e das conversas é a melhor maneira de fazermos parte da vida das pessoas e gerar resultados para a Viacom e nossos parceiros.

 

Por Mauricio Kotait, gerente geral da Viacom Brasil

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