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Muitas escolas tiveram que fechar as suas portas e as aulas estão ganhando caras novas nesses últimos dias. Após o anúncio do início da quarentena no mundo, todas as instituições de ensino estão tentando flexibilizar e aderir o Ensino a Distância, mas o fato é que muitos ainda não estão muito preparados para essa nova atividade que ainda é uma novidade – como o Home Office. Os professores e alunos tem que se conversar virtualmente, mas a didática de ensino, por enquanto, está sendo completamente diferente do que era nas salas de aulas. A realidade da educação brasileira há muitos anos já não era um ponto positivo, e agora preocupa ainda mais, o Brasil ainda tem uma das piores educações da América Latina.

Agora, virtualmente, essa missão continua sendo quase que impossível. Muitos erros, problemas de conexão, falta de apoio e material fazem com que os alunos fiquem cada vez mais distantes de suas aulas. As medidas que algumas escolas tomaram foi o adiamento das férias escolares que acontecem em julho, mas ainda não é o suficiente já que não se sabe ao certo quando o isolamento irá acabar. As parcerias que já existiam, antes da pandemia, já havia reportado alguns problemas, como o mal equipamento fornecidos, as dificuldades de login e qualidade baixa possíveis videochamadas, mas tudo em uma escala menor.

Agora com a demanda mundial, e para melhorar o funcionamento e dar total apoio para as escolas, professores e alunos, a área de educação do Google lança o Ensine em Casa, uma central de informações com dicas, treinamentos e ferramentas, para que fique mais fácil o acesso às aulas enquanto todos estão em suas casas. Além disso estão sendo disponibilizados diversas ferramentas conhecidas, como o Google Meet e o Google Classroom, e por isso, conversamos com o Daniel Cleffi, head de Google for Education para a América Latina, para sabermos um pouco mais de como está a situação para a empresa. Confira a entrevista corrida:

ADNEWS – Qual é a importância para o Google de fornecer ferramentas como essas durante este período de distanciamento?

Daniel Cleffi: Sabemos que o isolamento social está levando muitas instituições de educação de todo o mundo a fechar as portas temporariamente, ou a adiantar os períodos de férias escolares. Nesse cenário, muitos alunos no mundo todo não estão frequentando a escola. Com isso, educadores enfrentam o grande desafio de dar aulas remotas, numa escala sem precedentes – e, em alguns casos, pela primeira vez na vida.

Pensando em ajudar o educador, além de disponibilizar a nossa plataforma GSuite for Education sem custo para escolas e universidades, lançamos o hub Ensine em Casa, no início de abril. Trata-se de uma central de informações com dicas, treinamentos e ferramentas, coletados em todo o Google for Education para ajudar os professores a continuar ensinando – mesmo fora da sala de aula. Oferecemos uma visão geral dos primeiros passos em Ensino à Distância – como ensinar pela internet, disponibilizar as aulas para os alunos e colaborar com colegas educadores.

Além disso, criamos novos recursos de EAD, como um conjunto de materiais de treinamento, uma lista de aplicativos úteis, o novo Learn@Home do YouTube (projetado para famílias) e uma série de webinars e posts nos nossos blogs. Com base nas informações e sugestões que recebemos de educadores, estamos aprimorando constantemente nossos produtos.

AD: Além de auxiliar, o Google obteve uma alta demanda em seus serviços, como tem sido para lidar com essa situação?

Cleffi: Estamos trabalhando muito próximo as entidades públicas e privadas para promover de forma coordenada a transformação digital de escolas para que o impacto na rotina de estudos seja o menor possível. Um exemplo inspirador é o projeto da SOMOS Educação, que está permitindo que 62 mil professores continuem a ministrar aulas para quase 1 milhão de alunos. A plataforma de ensino digital da Somos, chamada Plurall, agora permite ministrar aulas ao vivo por meio do Google Meet – antes, os vídeos eram gravados. Nos últimos dias, a integração permitiu que fossem realizadas, em média, 10 mil aulas ao vivo por dia.

Além disso, estamos ajudando mais de dez Estados brasileiros em seus esforços de educação à distância.

 

AD: Algumas universidades já haviam fechado parcerias com a parte educativa da empresa. O Google vê uma oportunidade de ampliar ainda mais suas parcerias após a pandemia? 

Cleffi: A adoção de ferramentas de nuvem para o trabalho remoto e a educação a distância é uma tendência mundial há bastante tempo. No entanto, nas últimas semanas, à medida em que empresas e escolas orientam colaboradores e alunos a ficarem em casa, percebemos que as pessoas estão ainda mais interessadas em fazer uso de plataformas e serviços em nuvem para se manterem conectadas.

Certamente, teremos impacto em dois principais caminhos: ao melhorar a produtividade dos professores e na flexibilidade e adaptabilidade. Nosso objetivo é disponibilizar uma ferramenta que ajude os educadores a serem mais produtivos, além de ajudar os professores a envolver e inspirar os alunos a aprender. Nossas ferramentas são um “meio”, e quem a conduz são professores, educadores, treinadores e administradores de TI nos dizendo o que eles precisam.

Vale lembrar que, assim como os alunos aprendem de maneiras diferentes, os professores ensinam de maneiras diferentes. Nossas ferramentas funcionam para uma ampla variedade de escolas e clientes – é um kit de ferramentas. Nós nos esforçamos para tornar nossas ferramentas flexíveis e adaptáveis às necessidades variáveis e em constante mudança de estudantes, educadores e escolas.

AD: A funcionalidade de ferramentas como o Google Classroom vem sendo imprescindível para a comunicação entre alunos e professores, além do Hangouts Meet, que vem com o intuito de continuarem as aulas e a conversação momentânea entre professor e aluno. O Google, em um período pós-quarentena,  acredita que o EaD pode ser ainda mais usado por ferramentas como essas?

Cleffi: O Google está comprometido em direcionar nossos recursos (produtos, programas, filantropia e pessoas) para tornar a educação acessível a todos.

Embora a tecnologia por si só não resolva todos os desafios da Educação, estamos otimistas de que ela possa ser uma parte poderosa dessa solução, e queremos ajudar a garantir que todos os professores e alunos possam se beneficiar dela. Então, continuaremos trabalhando em direção a um futuro em que todos os alunos tenham acesso às habilidades necessárias e à educação de qualidade que merecem.

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